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    Vice de Cristina Kirchner é processado por usar jatinhos de empresários

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    05/02/2016 18h29

    Amado Boudou, vice-presidente da Argentina durante o segundo mandato de Cristina Kirchner (2011-2015), está sendo processado sob a acusação ter viajado duas vezes sem pagar em aeronaves de empresários do país.

    Os voos foram realizados no mesmo dia, 17 de dezembro de 2011 —uma semana após assumir como vice-presidente. Antes de ocupar o cargo de vice, Boudou havia sido ministro de Economia.

    David Fernández-10.jun.14/Efe
    O então vice-presidente argentino, Amado Boudou, inaugura ao lado de Cristina Kirchner o Museu das Malvinas, em Buenos Aires
    O então vice-presidente argentino, Amado Boudou, inaugura ao lado de Cristina Kirchner o Museu das Malvinas, em Buenos Aires

    Um dos voos ao qual o processo se refere foi do aeroporto de Buenos Aires Jorge Newbery para o balneário de Necochea, ao sul da capital.

    A viagem foi feita em um avião da companhia Alas de Fin del Mundo, de aluguel de aeronaves e que tem como sócio Nazareno Natale. O empresário e o ex-intendente (espécie de prefeito) do balneário, Horacio Tellechea, também estão sendo processados.

    O outro deslocamento, que durou seis minutos, foi realizado em um helicóptero da Ecocyma até um parque onde Boudou participou de um ato a convite de Tellechea.

    Segundo o jornal "La Nación", a Ecocyma já venceu concessões para realizar obras públicas.

    Sessão extraordinária

    Também de acordo com o veículo, o presidente Mauricio Macri convocará uma sessão extraordinária no Congresso para a próxima quinta-feira (11). Nela, o processo de aprovação dos indicados do dirigente para a Suprema Corte deverá ser iniciado.

    Em dezembro, Macri designou por decreto dois magistrados para a mais alta instância do Poder Judiciário do país. As nomeações causaram controvérsias, pois costumavam ser feitas com o aval do Legislativo.

    Para analistas políticos, o mandatário utilizou o dispositivo por não ter maioria no Congresso e temer um rechaço.

    Nesta semana, porém, desentendimentos na oposição fizeram com que a bancada de Macri ganhasse força. Agora, ela conta com 90 deputados. A Frente para a Vitória, de Cristina Kirchner, com 89. A ala moderada, para a qual foram os dissidentes, 64.

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