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    Total de imigrantes que chegaram à Europa pelo mar subiu dez vezes

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/02/2016 19h36

    O número de imigrantes e refugiados que chegaram à Europa pelo mar nas primeiras seis semanas do ano subiu dez vezes em comparação com o mesmo período de 2015. E o número de mortes também aumentou, segundo informou a OIM (Organização Internacional para as Migrações) nesta terça-feira (9).

    O número de chegadas passou de 76 mil em 2016, e o de mortes em rotas do Mediterrâneo subiu de 69 nas primeiras seis semanas de 2015 para 409 no mesmo período deste ano, segundo a OIM.

    A organização afirmou que não espera queda no número de pessoas que chegam à Europa e previu que no mês que vem a Grécia vá receber a milionésima pessoa desde que a crise começou.

    Mais de 1,1 milhão de pessoas que fogem da pobreza, da guerra e da repressão no Oriente Médio, na Ásia e na África alcançaram as margens da Europa no ano passado, a maioria rumo à Alemanha.

    Cerca de metade das chegadas é de refugiados da guerra da Síria, afirma o Acnur, a agência da ONU para refugiados.

    A OIM informou que 70.365 imigrantes e refugiados chegaram por via marítima à Grécia neste ano, e 5.898, à Itália.

    Morreram 319 pessoas durante a travessia no leste do Mediterrâneo –da Turquia para a Grécia– e 90 na rota central –entre a África do Norte e a Itália.

    O porta-voz da OIM, Joel Millman, disse que a organização não espera que o número de chegadas de imigrantes e refugiados na Europa caia em um futuro próximo.

    "Há mais crises simultâneas acontecendo do que já vimos antes", disse. "As condições nos países que estão alimentando a crise migratória estão, em grande parte, inalteradas, por isso achamos que os números provavelmente vão continuar os mesmos."

    A travessia do leste do Mediterrâneo é mais segura do que a rota do Mediterrâneo central, onde houve um grande número de naufrágios em 2015.

    Mas Millman disse que o número de mortes no mar Egeu aumentou subitamente no final do ano passado, quando pequenos barcos afundaram quase diariamente –possivelmente mostrando que os imigrantes estavam usando barcos com menos navegabilidade.

    Tradução de MARIA PAULA AUTRAN

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