O Senado argentino aprovou por unanimidade, na tarde desta quinta-feira (11), o início dos trâmites que permitirão a nomeação de dois novos juízes na Suprema Corte.
A votação ocorreu em uma sessão extraordinária que durou poucos minutos e que havia sido convocada pelo presidente Mauricio Macri nesta semana.
A convocação foi vista como um recuo de Macri, que, em dezembro, designara por decreto Horacio Rosatti e Carlos Rosenkrantz para os cargos da mais alta instância do Poder Judiciário no país.
A medida havia sido considerada autoritária e gerou a primeira crise no governo do presidente, criticada até por políticos da base aliada.
Laurent Gillieron - 22.jan.2016/Efe | ||
O presidente Mauricio Macri na 46ª edição do Forum Econômico Mundial, na Suíça |
Apesar de a designação por decreto ser constitucional, ela ocorre, por tradição, com a aprovação de dois terços do Senado.
Para conseguir iniciar os trâmites na Casa (onde o governo não tem a maioria), a vice-presidente do país, Gabriela Michetti, e o chefe de gabinete da Presidência, Marcos Peña, se reuniram na quarta-feira (10) para negociações com os líderes das bancadas do Senado.
A oposição indicou que fará exigências para aprovar os magistrados –deverá pedir recursos para as províncias.