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    Ataque contra prefeitura na Bolívia mata ao menos 6 e fere 18

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/02/2016 20h04

    Aizar Raldes/AFP
    Police stabd by damage caused by demonstrators on the city hall of El Alto, 12 km from La Paz, on February 17, 2016. Six people died from smoke inhalation when a crowd set fire to a city hall in Bolivia Wednesday in a dispute linked to a corruption scandal, officials said. AFP PHOTO/Aizar Raldes ORG XMIT: BOL910
    Policiais observam material derstruído pelo fogo em frente à Prefeitura de El Alto, na Bolívia, atacada nesta quarta-feira (17)

    Ao menos seis pessoas morreram e 18 ficaram feridas nesta quarta-feira (17) após dezenas de pessoas terem saqueado e incendiado a sede da Prefeitura de El Alto, cidade vizinha à capital boliviana, La Paz.

    Todas as vítimas trabalhavam no prédio e morreram intoxicadas com a fumaça. O tumulto na frente da Prefeitura teria começado quando pais de alunos cobravam melhorias no ensino municipal.

    Mas a prefeita de El Alto, Soledad Chapetón, do partido opositor Unidade Nacional (UN), disse que ex-funcionários investigados por corrupção foram os autores do ataque.

    O incidente acirra o ambiente político polarizado na Bolívia, às vésperas do referendo em que 6,5 milhões aptos a votar decidirão, neste domingo (21), se o presidente Evo Morales poderá concorrer a um quarto mandato consecutivo.

    Segundo a prefeita, os invasores foram a uma sala onde estavam guardados os processos contra servidores da gestão anterior -de Edgar Patana, do governista MAS (Movimento ao Socialismo)- e queimaram as pastas.

    O vice-ministro de Interior, Marcelo Elío, afirmou que o episódio foi um "autoatentado" forjado por integrantes da UN para tentar desestabilizar o governo de Evo antes da consulta popular.

    As pesquisas mostram um cenário indefinido. Levantamento da Ipsos, no último dia 12, apontou que 41% dos bolivianos não querem dar a Evo à possibilidade de disputar a Presidência mais uma vez; 40% disseram "sim", e 15% se declararam indecisos ou não responderam.

    Se não obtiver aval para disputar um novo mandato de cinco anos (2020-2025), Evo perderia pela primeira vez nas urnas desde que chegou à Presidência, em 2006, após vencer as eleições do ano anterior. Desde então, ele foi reeleito duas vezes.

    Nesta quarta, a missão de observadores eleitorais da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) chegou a La Paz para acompanhar o pleito.

    Também está prevista a chegada de uma delegação da OEA (Organização dos Estados Americanos).

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