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    Lech Walesa foi informante do regime comunista, revelam documentos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    18/02/2016 09h07 - Atualizado às 15h43

    O diretor do instituto de história da Polônia informou nesta quinta-feira (18) que documentos recém-descobertos mostram que o ex-presidente do país e fundador do sindicato Solidariedade, Lech Walesa, atuou como informante dos serviços de segurança da era comunista no país.

    Walesa foi pago para atuar como informante entre 1970 e 1976, segundo os documentos.

    Símbolo da luta contra o regime comunista no país, o fundador do Solidariedade já havia admitido ter assinado um compromisso para ser informante do regime comunista, mas afirmou que nunca atuou nesse sentido.

    Miguel Gutierrez - 17.fev.2016/Efe
    17/02/2016.- El expresidente de Polonia Lech Walesa (i), ganador del Premio Nobel de la Paz en 1983, saluda a Lilian Tintori (d), esposa del dirigente opositor venezolano preso, Leopoldo López, a su llegada al aeropuerto Internacional "Simon Bolívar" en Maiquetía, que sirve a la ciudad de Caracas hoy, miércoles 17 de febrero del 2016. Los premios Nobel de la Paz Lech Walesa (Polonia) y Oscar Arias (Costa Rica), junto a Mpho Tutu, hija del obispo sudafricano Desmond Tutu (Sudáfrica), llegan a Venezuela para dar apoyo a los opositores presos. EFE/MIGUEL GUTIERREZ ORG XMIT: CAR105
    Walesa com Lilian Tintori, mulher do opositor Leopoldo López, ao chegar à Venezuela, nesta quarta (17)

    Em 2000, ele foi absolvido por um tribunal especial que analisou o caso.

    O chefe do Instituto Nacional de Memória, Lukasz Kaminski, disse nesta quinta (18) que documentos apreendidos nesta semana na casa do último ministro do Interior do governo comunista, o general Czesław Kiszczak, já morto, incluem um compromisso para fornecer informações para a segurança secreta.

    O documento está assinado com o nome de Walesa e seu codinome, Bolek.

    Há também páginas de relatórios e recibos de dinheiro assinados por Walesa.

    "As 279 páginas de documentos parecem ser autênticas e serão tornadas públicas em um momento oportuno", disse Kaminski a repórteres, acrescentando que os historiadores precisam de tempo para analisar seu conteúdo.

    OUTRO LADO

    Na sexta (19), Walesa negou as alegações de que teria atuado como informante. "Eu não colaborei [com o serviço secreto]. Eu não recebi dinheiro e nunca fiz nenhum relato oral ou escrito a qualquer pessoa", disse. "Eu acredito que a verdade é autodefensável."

    Segundo ele, nas diversas ocasiões em que a polícia fez buscas em sua casa e em seu escritório, apreendeu muitos papéis escritos à mão, dando a entender que parte dos documentos apresentados podem ter sido forjados.

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