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    EUA pediram apoio de Dilma para liberar preso em Cuba, informa e-mail

    DE SÃO PAULO

    01/03/2016 07h00

    A última leva de e-mails da então secretária de Estado americano Hillary Clinton, divulgados nesta segunda-feira (29) pelo governo americano, mostram que os Estados Unidos buscaram intermediação da presidente Dilma Rousseff com o ditador Raúl Castro para a libertação do americano Alan Gross.

    Gross é ex-funcionário da Usaid (Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento) e ficou detido na ilha de 2009 a 2014, acusado pelos cubanos de tentar instalar antenas para fornecer internet à comunidade cubana em Havana.

    Sua libertação, em 2014, foi um dos pontos do histórico acordo que aproximou os Estados Unidos de Cuba.

    Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
    Alan Gross fala à imprensa em dezembro de 2014 após ser libertado da prisão em Cuba
    Alan Gross fala à imprensa em dezembro de 2014 após ser libertado da prisão em Cuba

    Em um e-mail enviado em 28 de janeiro de 2012, o então embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, descreve uma conversa com o brasileiro Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência da República, a respeito da libertação de Gross.

    "Eu falei que precisávamos de uma comunicação direta com Raúl Castro e pedi para Dilma levantar essa questão com o presidente cubano quando eles se encontrarem na próxima semana", escreve Shannon em um e-mail encaminhado na sequência a Clinton, por meio do e-mail hrod17@clintonemail.com.

    Shannon diz, ainda, que Garcia concordou em levar a questão à presidente Dilma.

    O e-mail integra o último grupo de comunicações trocadas pela então secretária de Estado por meio de um e-mail que não era funcional, e divulgadas nos últimos meses pelo governo americano.

    No início de março do ano passado, o jornal "The New York Times" revelou que Hillary usou apenas um e-mail pessoal em seu trabalho como secretária de Estado, entre 2009 e 2013, o que poderia configurar uma violação a ordens federais.

    Dias depois, Hillary admitiu que teria sido "melhor" e "mais inteligente" ter mantido uma segunda conta de e-mail enquanto esteve no Departamento de Estado.

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