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    Morales exige ver em até cinco dias filho que acreditava estar morto

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    01/03/2016 16h25

    O ministro da Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, afirmou que o presidente Evo Morales foi à Justiça exigir que a ex-namorada Gabriela Zapata apresente a ele o filho que o presidente acreditava estar morto.

    "Estamos absolutamente convencidos de que, lamentavelmente, esse menino morreu", disse o ministro nesta terça-feira (1º). "Neste momento, todo mundo diz que é verdade [que o menino está vivo] e que o presidente é um mentiroso." Segundo Ferreira, o pedido ao juiz quer acabar com a dúvida e identificar "quem mente".

    O pedido ao juiz é direcionado à ex-namorada ou seus familiares e estabelece um prazo de até cinco dias.

    Jorge Benal/AFP
    Gabriela Zapata Montano(R) former girl friend of Bolivian President Evo Morales and manager of a Chinese construction firm, is arrested under corruption charges in La Paz, Bolivia on February 26, 2016. AFP PHOTO/JORGE BERNAL ORG XMIT: MVD63
    Gabriela Zapata, ex-namorada de Morales, é presa sob suspeita de tráfico de influência na Bolívia

    No mês passado, os bolivianos tomaram conhecimento da existência do relacionamento entre Morales e Zapata e do fato de a ex-namorada atuar para uma empresa chinesa com contratos milionários com o governo da Bolívia. Desse relacionamento nasceu uma criança, que Morales afirmou acreditar que tinha morrido aos dois anos de idade.

    No fim da semana passada, no entanto, uma tia de Zapata disse que a criança estava viva. Nesta segunda (29), o presidente disse que queria conhecer o menino.

    Segundo informou o jornal "El Deber" nesta terça (1º), Pilar Guzmán, tia de Zapata, afirmou que a criança será apresentada, mas que ainda não há local ou data definidos.

    A polêmica sobre a criança é apenas um pedaço da confusão que se passa no país. Zapata foi detida, na sexta (26), e é investigada por tráfico de influência, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro envolvendo sua atuação na empresa chinesa CAMC, que assinou contratos com o governo boliviano.

    A oposição acusa Morales de ter beneficiado a ex-namorada. O presidente nega e, por sua vez, diz que o caso foi usado pela oposição para prejudicá-lo no referendo que, no mês passado, rejeitou a possibilidade de o presidente concorrer a um quarto mandato à Presidência do país.

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