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    eleições nos eua

    Com força do sul, Hillary triunfa entre democratas na Superterça

    THAIS BILENKY
    ENVIADA ESPECIAL A ESSEX JUNCTION (VERMONT)

    02/03/2016 01h56

    Com projeções indicando vitórias importantes na maioria dos 11 Estados e um território que realizaram prévias democratas nesta terça (1), a pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton disparou na frente do senador Bernie Sanders e já mira aquele que vê como seu provável adversário republicano nas eleições gerais, em novembro, Donald Trump.

    Hillary teve vitórias folgadas no cinturão negro no sul do país, repetindo o cenário que alavancou a vitória de Barack Obama, em 2008.

    Ela ganhou no Alabama, na Geórgia, no Tennessee e no Arkansas (dias antes, vencera na Carolina do Sul).

    Foi a preferida ainda nos populosos Texas e Virgínia, Estados de peso na convenção partidária, além do progressista Massachusetts, onde obteve a menor margem.

    A ex-secretária de Estado conquistou 441 delegados na votação desta terça, acumulando um total de 989 delegados quando se somam os resultados das prévias anteriores e o apoio que tem entre os superdelegados (membros do partido que votam na convenção sem seguir as urnas).

    São necessários 2.382 votos para conquistar a candidatura democrata.

    Sanders, até agora, soma ao menos 349 votos entre delegados e superdelegados.

    O senador venceu em Vermont, seu reduto, em Oklahoma, em Minnesotta e no Colorado, Estados menos populosos e de população predominantemente brancos.

    Ciente da desvantagem entre minorias, Sanders fez uma campanha menos intensa na região. Sua equipe argumenta que as próximas prévias prometem resultados mais favoráveis no norte o país, como Michigan, onde sua mensagem contra a desigualdade econômica ressoa.

    A Superterça, rodada de prévias simultâneas em mais de dez Estados, é decisiva porque define o maior número de delegados, 859, em um só dia de toda a corrida.

    FOGO CRUZADO

    Em discurso em Miami, na Flórida, Estado que promove prévias no próximo dia 15 e alvo da cobiça maior dos candidatos devido a seu peso eleitoral, Hillary se voltou à classe média, prometendo aumentos nos salários e melhorias na educação. E, de novo, alfinetou Trump.

    "Está claro que os riscos nessa eleição nunca foram tão altos. E a retórica que ouvimos do outro lado nunca esteve tão baixa", declarou.

    "Sabemos que temos trabalho a fazer. Não é fazer a América grandiosa outra vez —a América nunca deixou de ser grandiosa. Temos que unir a América", afirmou, em alusão ao slogan de campanha de Trump, "fazer a América grandiosa outra vez".

    Prévia da Eleição nos EUA

    Disputa pela Casa Branca

    A pré-candidata moldou seu discurso para a classe média trabalhadora e apelou às minorias, repetindo inúmeras vezes que era necessário "derrubar barreiras".

    Sanders, em comício na cidade de Essex Junction (Vermont), vizinha a Burlington, onde foi prefeito nos anos 1980, disse que não desacelerará o ritmo. "Sei que Hillary e o 'establishment' acham que penso grande demais. Eu não acho", afirmou.

    Em um comício no qual cantou e dançou para a plateia, prometendo conquistar "centenas de delegados", Sanders afirmou que sua campanha não é "apenas para eleger presidente, mas para transformar os EUA" e viabilizar a "revolução política".

    A campanha do senador ainda mostra fôlego entre os seus apoiadores. Só em fevereiro, mais de US$ 40 milhões foram doados, soma maior que a arrecadada por Hillary, que reconheceu a diferença, sem revelar seu total.

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