• Mundo

    Friday, 03-May-2024 09:44:47 -03

    UE oferece € 700 milhões aos países do bloco para enfrentar crise de migração

    DA FRANCE PRESSE

    02/03/2016 11h11

    Louisa Gouliamaki/AFP
    Children play in the makeshift migrant camp at the Greek-Macedonian border, near the Greek village of Idomeni, on March 2, 2016 , where thousands of people are stranded. The European Union on March 2 unveiled a 700-million-euro emergency aid plan for Greece and other states hit by the migrant crisis, in what would be the first time humanitarian cash has been used within Europe instead of outside the bloc. The United Nations has warned of a looming humanitarian crisis as thousands of refugees are stuck in wintry misery at the Greece-Macedonia border after a domino effect of Balkan border closures. / AFP / LOUISA GOULIAMAKI ORG XMIT: LOU4932
    Crianças em campo de migrantes na fronteira entre Grécia e Macedônia, próximo à região de Idomeni

    A União Europeia ofereceu, nesta quarta (2), € 700 milhões de ajuda humanitária para que seus países membros possam lidar com a chegada em massa de migrantes. É o caso da Grécia, onde 10 mil pessoas estão presas na fronteira com a Macedônia.

    Deste valor, € 300 milhões serão gastos em 2016, enquanto o restante será dividido em parcelas de € 200 milhões em cada um dos anos seguintes, detalhou Christos Stylianides, comissário europeu de ajuda humanitária.

    Ele pediu aos países membros do bloco e ao Parlamento europeu para que apoiem "rapidamente" a proposta. "Não há tempo a perder para oferecer todos os meios possíveis e evitar o sofrimento humano dentro de nossas próprias fronteiras", argumentou Stylianides.

    A proposta não detalha que países se beneficiariam com este pacote, mas não há dúvida de que a Grécia será a primeira nação contemplada. Confrontada com uma situação insustentável em sua fronteira com a Macedônia, o governo local diz que necessita de € 480 milhões para acolher 100 mil refugiados.

    Segundo as autoridades gregas, na noite de terça (1º), a Macedônia abriu brevemente a fronteira com a Grécia e deixou entrar em seu território cerca de 170 refugiados sírios. No dia seguinte, outro grupo de cerca de 20 migrantes pôde cruzar a fronteira.

    Esses são os primeiros grupos de migrantes autorizados a cruzar esta fronteira –ponto de passagem da rota dos Balcãs para seguir caminho até o norte da Europa– desde os conflitos que ocorreram na segunda (29) entre migrantes e policiais da Macedônia.

    Nesta quarta, na França, na rota que os imigrantes percorrem para tentar chegar ao Reino Unido, o desmantelamento parcial do acampamento de refugiados de Calais, conhecido como "a selva", continuava. Depois de uma noite relativamente tranquila, vários barracos foram incendiados.

    Não se sabe se os incêndios foram acidentais ou voluntários, mas as chamas conseguiram aumentar a parte desmantelada ao sul do acampamento, onde entre 800 e 1.000 migrantes vivem, segundo o governo francês –associações, porém, consideram que o número real é de 3.500 pessoas.

    Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se que o número de imigrantes, principalmente sírios, afegãos e sudaneses, seja entre 3.700 e 7.000. Na terça, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, voltou a condenar as restrições impostas por vários países europeus que, disse ele, "violam o direito internacional".

    Mais de 131 mil migrantes têm chegado a Europa pelo Mediterrâneo desde o início de janeiro, segundo números da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados). O dado global supera o dos cinco primeiros meses de 2015.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024