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    Dois anos após sumiço, famílias pedem que buscas por voo MH370 continuem

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/03/2016 08h51

    Joshua Paul/Associated Press
    A Malaysian child has her face painted with MH370 during a remembrance event for the ill fated Malaysia Airlines Flight 370 in Kuala Lumpur, Malaysia, Sunday, March 6, 2016. At the commemorative event Sunday to mark the second anniversary of the jet’s March 8, 2014, disappearance, the families of Flight 370 passengers released white balloons tagged with the names of everyone aboard the plane and the words: “MH370: Always remembered in our hearts.” (AP Photo/Joshua Paul) ORG XMIT: XJP104
    Criança com o rosto pintado durante ato que recorda os dois anos do desparecimento do voo MH370

    Os familiares dos passageiros desaparecidos a bordo do voo MH370 da Malaysia Airlines defendem que buscas devem continuar além do prazo de encerramento, em junho. O sumiço do avião completa dois anos na próxima terça, dia 8 de março.

    Destroços encontrados perto de Moçambique renovaram as esperanças de muitos parentes, que pedem que os investigadores revejam erros feitos no início das buscas.

    "Boa parte do processo foi baseado em cálculos que nunca tinham sido usados antes, o que deixa espaço para erros humanos", disse Grace Subathirai Nathan, cuja mãe, Anne Daisy, estava a bordo do voo que desapareceu no caminho entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, com 239 passageiros e a tripulação.

    Neste domingo, familiares e amigos das pessoas que estavam a bordo do avião se reuniram em um shopping de Kuala Lumpur, na Malásia, em um ato para "reinvestigar, reavaliar, recomeçar" a busca.

    Ao som de músicas tristes e performances de dança, os participantes do ato fizeram um pedido emocionado para que as buscas continuem até que o avião seja encontrado.

    "Eles podem parar a busca, mas quando vamos parar de sentir a perda?", disse Jacquita Gonzales, mulher de Patrick Gomes, supervisor do voo MH370.

    O avião sumiu dos radares logo após decolar de Kuala Lumpur. Os investigadores acreditam que ele voou por milhares de milhas até cair no oceano próximo à Austrália.

    Cerca de 120 mil quilômetros de área marítima foram vasculhadas, a um custo estimado de US$ 124 milhões (cerca de R$ 466 milhões). Porém, nenhum rastro do Boeing 777 perdido foi encontrado, exceto por uma parte da asa, recolhida perto de Madagascar em julho de 2015.

    A Austrália disse em agosto que as projeções iniciais identificaram incorretamente a Indonésia como o local onde os destroços poderiam aparecer primeiro.

    "Se isso pode estar errado, o que mais pode estar errado?", questiona Nathan.

    Uma reunião marcada para junho entre Austrália, China e Malásia determinará se as buscas serão estendidas ou não.

    O Voice370, grupo de apoio aos familiares das vítimas do voo MH370, disse na semana passada que a queixa de que o dinheiro para buscas está no fim é "inaceitável" como razão para encerrar a investigação, que poderá beneficiar a indústria como um todo e aumentar a segurança dos voos.

    Editoria de Arte/Folhapress

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