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    Michael Bloomberg desiste de disputar Casa Branca e diz temer Trump

    DE SÃO PAULO

    07/03/2016 19h42

    O bilionário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg anunciou, nesta segunda-feira (7), que não se lançará candidato independente nas eleições presidenciais americanas deste ano.

    Em um texto intitulado "O risco que eu não vou correr" e levado ao ar por sua agência de notícias, que leva seu nome, Bloomberg afirma que uma candidatura independente sua dividiria os votos da eleição e, provavelmente, levaria à escolha dos republicanos Donald Trump ou Ted Cruz —ambos na corrida para a candidatura pelo partido.

    "Ao longo da história americana, os dois partidos tenderam a escolher candidatos presidenciais que ficam próximos e constroem a partir do centro. Mas essa tradição pode estar acabando. O extremismo está em curso e, a não ser que nós o paremos, nossos problemas em casa e no exterior vão piorar", disse.

    Stephane Mahe/Reuters
    Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e dono de uma agência de informação econômica, desistiu de concorrer à Presidência dos EUA
    Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e dono de uma agência de informação econômica, desistiu de concorrer à Presidência dos EUA

    Trump, diz Bloomberg, tem feito "a campanha presidencial mais divisionista e demagógica" de que ele se lembra, "se utilizando dos preconceitos e medos das pessoas". "Trump apela para nossos piores impulsos", escreveu.

    O ex-prefeito rejeita algumas das propostas de Trump, como a deportação de imigrantes ilegais, e afirma que a consequência seria "o encorajamento de nossos inimigos, a ameaça à segurança de nossos aliados e um risco maior para nossos homens e mulheres de uniforme".

    Bloomberg afirma que a posição do senador Ted Cruz sobre imigração pode não ter uma retórica tão forte quanto à de Trump, mas também não é "menos extrema". Mas ele não chega a declarar apoio a nenhum candidato.

    Trump tem provocado reações furiosas da cúpula de seu partido, de outros conservadores —como Bloomberg— e de celebridades, que nas últimas semanas entraram em uma campanha retórica para desacreditá-lo.

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