O ministro turco para Assuntos Europeus, Volkan Bozkir, informou nesta quinta-feira (10) que a readmissão de migrantes que partiram de praias da Turquia em direção à Grécia só passará a valer depois que o acordo europeu entrar em vigor.

O rascunho da negociação que está sendo costurada entre a União Europeia e a Turquia prevê que o país receba de volta todos os migrantes apanhados no mar Egeu –que separa a Turquia da Grécia– ou que já tenham chegado à Grécia mas ainda não tenha feito pedido de asilo no país.

"A proposta feita pela Turquia não inclui os migrantes que estão atualmente nas ilhas gregas", disse Bozkir em uma entrevista à agência de notícias estatal Anatolia. Ele acrescentou que a Turquia aceitará de volta "dezenas de milhares" de migrantes, mas não "milhões".

	Dimitar Dilkoff - 9.mar.2016/AFP
	Migrantes fazem fila para receber alimento no campo improvisado em Idomeni, na Grécia

ÁUSTRIA

Em Bruxelas (Bélgica), onde se discute a crise dos refugiados, a ministra do Interior da Áustria, Johanna Mikl-Leitner, disse que os migrantes presos na fronteira da Grécia com a Macedônia devem entender que "não têm chance de prosseguir a viagem".

Falando a jornalistas, ela disse que a coisa mais honesta é dizer aos migrantes que "não é mais possível utilizar a rota dos Bálcãs. Ela está fechada".

Segundo a ministra, "o maior problema é que esses refugiados ainda têm esperanças e expectativas, e essas esperanças estão sendo constantemente alimentadas".

Ela ressaltou que é importante deixar claro que a rota está fechada, para não alimentar expectativas dos migrantes.

GRÉCIA

Na Grécia, autoridades disseram que cerca de 70 crianças que estão vivendo em um acampamento improvisado em Idomeni, na fronteira do país com a Macedônia, receberam tratamento hospitalar nos últimos três dias contra febre e diarreia.