O magnata Donald Trump foi cercado por quatro agentes do Serviço Secreto dos EUA após um manifestante contrário a ele tentar invadir o palanque onde ele fazia um discurso em Dayton, em Ohio, neste sábado (12).

A ação aconteceu horas depois de um comício ser cancelado em Chicago devido a um confronto entre aliados do líder das prévias republicanas e manifestantes contrários à sua candidatura antes do evento.

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	Agentes do Serviço Secreto cercam Trump após um homem tentar invadir o palanque em Ohio

A tentativa de invasão ocorreu logo depois que Trump foi chamado para o palanque em um hangar do aeroporto da cidade. Foi quando um homem tentou romper o cordão de isolamento, desencadeando a reação do Serviço Secreto.

O manifestante foi contido por policiais e retirado do local do discurso. Mais tarde, as autoridades o identificaram como Thomas Dimassino, acusado de induzir o pânico e conduta ilegal. Não se sabe qual foi sua motivação.

Trump se recompôs e, após ser ovacionado pelos seus partidários, ironizou o homem que tentou atacá-lo. "Obrigado pelo aviso. Estava esperando por ele, mas é muito melhor quando os policiais o fazem, não é?", afirmou.

O comício terminou sem novos incidentes. No entanto, o magnata voltou a ser alvo de manifestantes durante a tarde em um comício em Cleveland. Ele foi interrompido diversas vezes por vaias e palavras de ordem.

SANDERS

Ainda em Dayton, Trump culpou o candidato democrata Bernie Sanders pelo confronto em Chicago. Ele chamou o rival de "nosso amigo comunista" e acusou os líderes de protestos de atuarem de "forma profissional".

Diante da manifestação em Cleveland, ele voltou a dizer que seus adversários eram fãs do senador por Vermont. "São fãs do Bernie [Sanders]. Ei, Bernie, ponha seus caras na linha, Bernie", disse.

	Rebecca Cook/Reuters
	Manifestantes anti-Trump carregam cartazes do lado de fora do local do comício em Cleveland, em Ohio

Sanders respondeu, dizendo que o empresário "promove o ódio e a divisão". "Como é o caso praticamente todos os dias, ele está mostrando ao povo americano que ele é um mentiroso patológico".

As críticas também vieram do lado republicano, em especial dos dois rivais das prévias mais disputadas da próxima terça (15). O senador pela Flórida Marco Rubio afirmou que os confrontos "fizeram os EUA parecerem um país de terceiro mundo". "Se Trump for o escolhido, vamos fraturar o Partido Republicano".

Para o governador de Ohio e também candidato John Kasich, o magnata criou um ambiente tóxico. "E isso permitiu que seus apoiadores, e todos os que desejam confronto, que usem a violência. Não há espaço para um líder que se utiliza dos medos das pessoas".