Três dias após os atentados que mataram 31 pessoas e feriram mais de 300 em Bruxelas, as autoridades belgas relaxaram as medidas de segurança nas estações de metrô.

Uma das estações, Maelbeek, foi um dos alvos dos ataques reivindicados pela facção terrorista Estado Islâmico. A explosão, provocada por Khalid el-Bakraoui, deixou 20 mortos.

A medida é parte da decisão do Centro de Crise do Serviço Público Federal Interior, tomada na quinta-feira (24), de reduzir o nível de ameaça terrorista de 4 (iminente) para 3 (possível e verossímil).

A reportagem circulou por três linhas do metrô na manhã desta sexta-feira (25). Nas estações principais, como a Gare Central e a Gare du Midi, não havia mais revista de malas e mochilas na entrada, e os passageiros entravam e saíam livremente. Nos últimos dias, esse controle obrigatório chegou a formar filas nos horários de pico.

Em nota divulgada na quinta (24), o Centro de Crise afirmou que os agentes passariam a fazer "revistas aleatórias" dentro das estações. Enquanto circulou pelo sistema, a reportagem não viu ninguém ser abordado, mesmo pessoas levando malas grandes.

O número de policiais e soldados do Exército nos corredores também foi bastante reduzido. A maioria das estações continua fechada.

Passageiros comentavam dentro dos trens sobre o relaxamento da segurança, num misto de alívio e desconfiança.

"Pode até passar a ideia de que a situação está mais tranquila, mas faz tão pouco tempo [dos ataques]. Não sei se não deveriam continuar", disse uma jovem que se identificou apenas como Aline.

Ataque em Bruxelas