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    Terror na Europa

    "Há alguém maior olhando por nós", afirma sobrevivente de Bruxelas

    DA ASSOCIATED PRESS

    25/03/2016 21h10

    O americano Mason Wells, 19, ferido nas explosões no aeroporto de Bruxelas, na terça-feira (22), tem sorte de estar vivo. E ele sabe disso.

    Há três anos, o adolescente assistia a mãe correr a Maratona de Boston e estava a um quarteirão de distância da bomba que explodiu perto da linha de chegada.

    Dessa vez, em Bruxelas, ele estava ainda mais próximo das explosões.

    "Estando tão perto das bombas, definitivamente eu tive sorte de escapar do aeroporto com esses machucados", afirmou Wells, ainda no hospital, à Associated Press.

    Duas explosões no aeroporto de Zaventem mataram onze pessoas. Outro ataque com bomba no metrô Maelbeek matou vinte pessoas. Os dois ataques, coordenados, foram reivindicados pelo Estado Islâmico.

    Wells é mórmon e está em uma missão de dois anos na Bélgica. Com curativos ao redor do rosto, o adolescente ainda não sabe se terá sequelas permanentes.

    "A explosão foi muito forte, até levantou meu corpo um pouco. Eu me lembro de perceber sensações muito quentes e muito frias em todo o lado direito do meu corpo. Eu estava coberto de sangue, e não era necessariamente meu."

    O americano estava na parte de trás do check-in da companhia aérea Delta quando a primeira bomba explodiu, pouco antes das 8h locais (4h em Brasília), e já estava correndo para fora do aeroporto quando a segunda explodiu, nove segundos depois.

    Ele diz se lembrar de estar sentado do lado de fora do aeroporto se sentindo calmo e em paz, o que ele atribui à presença de Deus. "Se eu tirei algo disso é que há alguém maior que nós olhando por nós", ele disse.

    Outros dois missionários americanos que estavam com Wells —Richard Norby, 66, e Joseph Empey, 20— também sofreram ferimentos no ataque.

    Os três acompanhavam a missionária francesa Fanny Rachel Clain, 20, que viajaria para os Estados Unidos. Clain teve que se submeter a uma cirurgia e está sendo tratada por queimaduras de segundo grau nas mãos e no rosto, segundo informou sua família.

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