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    Coreia do Norte testa motor para lançar míssil capaz de atingir os EUA

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/04/2016 08h11

    Reuters/KCNA
    North Korea leader Kim Jong Un watches the test of a new engine for an intercontinental ballistic missle (ICBM) at a test site at Sohae Space Center in Cholsan County, North Pyongan province in North Korea in this undated photo released by North Korea's Korean Central News Agency (KCNA) on April 9, 2016. REUTERS/KCNA ATTENTION EDITORS - THIS PICTURE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. REUTERS IS UNABLE TO INDEPENDENTLY VERIFY THE AUTHENTICITY, CONTENT, LOCATION OR DATE OF THIS IMAGE. FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. THIS PICTURE IS DISTRIBUTED EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS. NO THIRD PARTY SALES. SOUTH KOREA OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN SOUTH KOREA TPX IMAGES OF THE DAY ORG XMIT: PYO03
    Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte, assiste a teste do novo motor de mísseis

    A Coreia do Norte anunciou neste sábado (9) ter testado com sucesso o motor de um míssil balístico intercontinental (ICBM) que "garantirá" sua capacidade de realizar ataques nucleares contra os Estados Unidos, informou a imprensa oficial do país.

    O regime de Kim Jong-un pode dispor agora de "um novo tipo de míssil balístico intercontinental" capaz de transportar "as ogivas nucleares mais poderosas" e que inclui "o território continental dos Estados Unidos em nosso raio de ataque", disse o líder.

    Este é o último de uma série de anúncios em tom espetacular do governo de Pyongyang sobre seus programas nucleares e de mísseis.

    A agência oficial norte-coreana KCNA explicou que os testes do motor de míssil foram supervisionados pessoalmente por Kim.

    Membros do governo da Coreia do Sul questionaram a veracidade dos testes e disseram que a Coreia do Norte está anos distante de desenvolver um motor desse tipo.

    Os Estados Unidos disseram que não há provas desses avanços nucleares por parte da Coreia do Norte e pediu que o país suspenda ações que aumentam a tensão na região.

    Este é o mais recente de uma série de anúncios em tom espetacular do governo de Pyongyang sobre seus programas nucleares e de mísseis.

    Analistas de inteligência e da área aeroespacial observam com ceticismo alguns destes anúncios, que atribuem à propaganda prévia ao congresso do partido único norte-coreano, previsto para maio.

    A Coreia do Norte afirma ainda ter reduzido bombas nucleares para colocá-las em ogivas de mísseis e que desenvolveu a tecnologia necessária para o reingresso controlado destas ogivas à atmosfera.

    A tensão é cada vez maior na península coreana desde o quarto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte em janeiro, que foi seguido em fevereiro pelo lançamento de um foguete, que os analistas estrangeiros consideram que foi na realidade um teste de míssil de longo alcance.

    Em represália, o Conselho de Segurança da ONU adotou em março novas e mais duras sanções contra Pyongyang, incluindo restrições ao comércio marítimo e às exportações de minerais, assim como a proibição de obter combustível para aviões e foguetes.

    PRIMEIRO CONGRESSO EM 36 ANOS

    Neste contexto, o Partido dos Trabalhadores, que governa o país, celebrará um congresso em 7 de maio.

    Este será o primeiro congresso do partido em 36 anos e é considerado uma vitrine para o regime exibir suas conquistas e consolidar a unidade nacional ao redor de Kim.

    "Kim mostra seus êxitos no âmbito militar para consolidar a lealdade antes do congresso, e isto apesar das dificuldades econômicas crescentes após as sanções da ONU", afirmou o professor Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos Norte-Coreanos.

    De acordo com analistas, Pyongyang poderia executar um quinto teste nuclear antes do congresso.

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