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    Eleição presidencial no Peru registra filas por falta de mesários

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    10/04/2016 14h11

    Rodrigo Abd/Associated Press
    Quechua indigenous men stand in line to vote during general elections in Uchuraccay, Peru, Sunday, April 10, 2016. With the daughter of Peru's jailed former strongman the runaway favorite to get the most votes in Sunday's presidential election, all eyes are on the race for second place and the right to face Keiko Fujimori in an expected presidential runoff. Also up for grabs on Sunday are all the seats in Peru's congress. (AP Photo/Rodrigo Abd) ORG XMIT: ABD113
    Peruanos aguardam em fila para votar em Uchuraccay, no Peru

    Os peruanos comparecem às urnas neste domingo para a eleição presidencial que tem Keiko Fujimori como favorita, mas com a previsão da necessidade de segundo turno, após uma campanha atípica que deixou candidatos pelo caminho.

    Em alguns locais de votação eram registrados atrasos, principalmente pela ausência de mesários, o que provocava grandes filas.

    Quase 23 milhões de peruanos estão registrados para votar entre 8h (10h em Brasília) e 16h (18h de brasília) e escolher o presidente, além de renovar as 130 cadeiras do Congresso unicameral.

    Os primeiros resultados, com 30% dos votos apurados, devem ser divulgados às 21h (23h de Brasília), mas as primeiras projeções devem ser divulgadas pouco depois do final da votação.

    O atual presidente, Ollanta Humala, e sua esposa, Nadine Heredia, votaram cedo em Lima.

    Os principais candidatos votaram pouco depois do café da manhã, em família diante das câmeras, como é tradição no dia de eleição no Peru.

    Keiko Fujimori, de 40 anos, filha de Alberto Fujimori —que governou o Peru de 1990 a 2000 e está na prisão por corrupção e crimes contra a humanidade—, lidera as pesquisas, mas a grande batalha envolve o segundo lugar, pois é pouco provável que ela consiga 50% dos votos para evitar o segundo turno de 5 de junho.

    Dez candidatos sobreviveram a uma campanha que deixou pelo caminho outro nove, incluindo Julio Guzmán, que aparecia em segundo lugar nas pesquisas e em pleno crescimento, em aplicação a uma nova lei eleitoral rígida e, para alguns, injusta.

    Ao mesmo tempo, a justiça permitiu a presença de Keiko Fujimori, apesar de ter recebido a mesma acusação que provocou o veto de outro candidato, César Acuña: distribuir dinheiro para captar votos.

    A candidata do partido Força Popular (direita) lidera as pesquisas com um terço das preferências, quase o dobro dos seguidores imediatos: Pedro Pablo Kuczynski, 77, conhecido pelas iniciais PPK, do Peruanos pela Mudança (centro-direita), e Verónika Mendoza, 35, da Frente Ampla (esquerda), que aparecem com um empate técnico.

    O voto útil pode jogar a favor de PKK, que fez uma campanha de medo contra Mendoza, que nas últimas semanas avançou na disputa presidencial graças ao apoio nas zonas rurais e entre os mais pobres.

    "Eleitores que haviam pensado em votar em outros candidatos podem votar em PPK para fechar o caminho de Mendoza", disse à AFP Luis Benavente, diretor do instituto Vox Populi.

    Kuczynski teria mais chances do que Mendoza de superar Fujimori no segundo turno de 5 de junho, segundo as pesquisas.

    Paco Chuquiure/Reuters
    A woman votes during presidential election at a polling station at a classroom in Lima's district of Manchay, Peru, April 10, 2016. REUTERS/Paco Chuquiure FOR EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIVE. ORG XMIT: LIM22
    Mulher vota como o filho em urna no bairro de Manchay, em Lima, capital do Peru

    Favorito da classe média-alta urbana da capital, o maior centro eleitoral do país com quase 10 milhões de habitantes, PPK, um político veterano que foi ministro várias vezes, também tem a seu favor parte do setor empresarial, que não se inclina por Fujimori.

    De acordo com Benavente, a "saturação não está tanto do lado econômico, e sim do político, pela corrupção".

    Ele afirma que a esperança de muitos peruanos está no Parlamento, com a expectativa de que novos congressistas, incluindo jovens bem preparados, ajudem a "limpar o país".

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