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    Médicos da Venezuela denunciam 'holocausto' na saúde e convocam ato

    DA FRANCE PRESSE
    DE SÃO PAULO

    11/04/2016 18h17

    A Federação de Medicina da Venezuela denunciou nesta segunda (11) que o setor de saúde do país vive um "holocausto" devido à escassez de medicamentos e materiais hospitalares.

    A organização convocou um protesto em Caracas para a próxima quarta-feira (13).

    "Já denunciamos essa crise infinitas vezes ao governo. As pessoas estão morrendo não somente nos hospitais, mas também em suas casas, pois não há medicamentos. Não há como tratar os pacientes com câncer, diabetes, com doenças infecciosas e transmissíveis. É uma grande calamidade. Esse governo decretou um holocausto na saúde", disse Douglas León Natera, presidente da federação.

    Federico Parra - 26.fev.2016/AFP
    Manifestantes fazem protesto em Caracas, em fevereiro, contra crise do setor de saúde
    Manifestantes fazem protesto em Caracas, em fevereiro, contra crise do setor de saúde

    Segundo ele, a falta de medicamentos nos hospitais venezuelanos chega a 95% do estoque. Nas farmácias, a escassez é de 85%. Ele disse que a ONG Farmacêuticos Sem Fronteiras já recolheu milhões de remédios para enviar à Venezuela, mas que o governo chavista se recusa a receber doações.

    O presidente Nicolás Maduro argumenta que o setor de saúde está "infiltrado" por uma "máfia", que estaria revendendo remédios importados pelo Estado a preços superfaturados. As autoridades dizem ter firmado um convênio com Cuba para contornar o problema.

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