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    Poster chinês alerta funcionárias públicas sobre namorados espiões

    JOHANNA NUBLAT
    DE SÃO PAULO

    20/04/2016 07h00

    A jovem funcionária pública chinesa conhece um estrangeiro que se apresenta como um acadêmico interessado tanto na moça quanto na China.

    Encantada, a Pequena Li passa inocentemente a David informações de seu trabalho (no setor de propaganda do governo). Depois disso, ele some e, quando a polícia bate à porta da jovem, ela descobre que David era um espião. O casal é preso.

    "Amor perigoso" é a história em quadrinhos que ilustra um poster chinês afixado em repartições do governo local de Pequim, em celebração ao primeiro Dia da Educação sobre a Segurança Nacional.

    Reprodução/Mail Online
    China orders female government workers not to talk to 'handsome Western foreigners' because 'they are probably spies after state secrets'
    Na história, Pequena Li é presenteada pelo estrangeiro David, que se mostra interessado na moça

    Segundo o site China Law Translate, uma plataforma colaborativa de traduções do chinês, a campanha também pode ser vista em comunidades residenciais e nos hutongs, bairros tradicionais da capital.

    A tradução da história postada no site conta que a Pequena Li inicialmente resiste ao pedido do estrangeiro para entregar dados de seu trabalho.

    "Não posso, tenho um sistema de confidencialidade", diz a moça, de acordo com o China Law Translate. "Querida, você ainda precisa manter segredos de mim?", responde o namorado.

    Reprodução/Mail Online
    China orders female government workers not to talk to 'handsome Western foreigners' because 'they are probably spies after state secrets'
    Pequena Li acaba presa depois que a polícia diz a ela que David é um espião

    A agência estatal de notícias Xinhua informou, na sexta-feira (15), que, segundo o Ministério da Justiça do país, panfletos, posters e animações haviam sido distribuídos em órgãos públicos, escolas, empresas e residências por ocasião do dia educativo.

    Em julho de 2015, explica a agência, o Congresso chinês aprovou a lei de segurança nacional, escolhendo o dia 15 de abril como uma data para "fortalecer a consciência da segurança nacional junto ao público".

    A lei é bastante ampla e, segundo especialistas, pode dar respaldo ao aperto no cerco à sociedade civil, que tem marcado o governo do presidente Xi Jinping.

    SENTENÇA DE MORTE

    Também pela celebração da data educativa, nesta segunda (18) a TV estatal CCTV informou que um chinês foi condenado à morte acusado de vazar e vender mais de 150 mil documentos reservados.

    Segundo a CCTV, os documentos revelavam segredos militares e foram vazados para uma agência estrangeira não identificada de espionagem.

    Huang Yu, um ex-técnico de computador em uma empresa chinesa especializada em criptografia, recebeu US$ 700 mil pelos dados, repassados entre 2002 e 2011, ainda de acordo com a TV estatal.

    Com as agências de notícias

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