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    Protestos de centrais sindicais reúnem milhares contra Macri na Argentina

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    29/04/2016 20h21

    Milhares de trabalhadores argentinos protestaram na tarde desta sexta-feira (29) contra a onda de demissões e a inflação alta, que atingiu 12% no primeiro trimestre deste ano em Buenos Aires —não há um índice nacional.

    O ato, que antecipou o Dia dos Trabalhadores, foi organizado pela primeira vez pelas diferentes centrais sindicais do país juntas, que se uniram contra as políticas do presidente Mauricio Macri.

    Os discursos dos dirigentes sindicais focaram a lei que proíbe demissões no país por 180 dias. O projeto, apresentado pela oposição, foi aprovado nesta semana no Senado —ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. Macri já indicou que deverá vetá-lo.

    Martín Zabala/Xinhua
    Milhares de trabalhadores protestam contra políticas de Mauricio Macri na Argentina
    Milhares de trabalhadores protestam contra políticas de Mauricio Macri na Argentina

    "Se o governo vetar a lei de emergência trabalhista, haverá conflito, porque vamos acentuar a luta e, se não nos escutam, haverá greve", afirmou o secretário-geral da CTA Autônoma, Pablo Micheli.

    Também nesta sexta, em um evento para anunciar investimentos em saneamento básico, Macri afirmou que tem trabalhado na tentativa de resolver os problemas.

    "Todo mundo tem o direito de expressar-se, mas estamos trabalhando nas questões. Sabemos que é preciso diminuir a inflação, gerar mais empregos e mais investimentos, e para isso trabalhamos todos os dias."

    Segundo a central CTA dos Trabalhadores, cerca de 100 mil pessoas foram demitidas desde que Macri assumiu a Presidência, em dezembro.

    O governo, porém, afirma que a taxa de desemprego está na mesma faixa dos últimos cinco anos, ao redor de 7%.

    O chefe de gabinete de Macri, Marcos Peña, disse que as demissões são pontuais em alguns setores, como o da construção, e compensadas pela abertura de vagas em outros. Acrescentou que a crise brasileira também tem prejudicado.

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