A Rússia informou que enviou um avião de caça para interceptar um avião dos Estados Unidos que se aproximava da fronteira do mar Báltico nesta sexta-feira (29).

Segundo as autoridades russas, o avião norte-americano havia desligado um dispositivo de telecomunicações necessário para a identificação. "A Força Aérea dos Estados Unidos tem duas opções: ou não voar perto das nossas fronteiras ou ativar o 'transponder' para a identificação", disse o Ministério de Defesa russo, em comunicado.

O Pentágono afirmou que o avião da Força Aérea dos EUA RC-135 foi realizar um voo de rotina no espaço aéreo internacional e o caça russo SU-27 o interceptou de uma maneira "insegura e pouco profissional".

Segundo a rede de TV americana CNN, o jato russo chegou a apenas 30 metros de avião americano.

O ministério russo negou as acusações e disse que "todos os voos de aviões russos são conduzidos em acordo com regulações internacionais de uso do espaço aéreo".

Um incidente similar ocorreu em 14 de abril.

O incidente eleva as tensões entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Europa oriental. A Otan disse ter planos de elevar sua presença na região para a maior configuração desde a Guerra Fria, como forma de combater o que considera uma Rússia mais agressiva.

Os países bálticos, Estônia, Letônia e Lituânia, que se uniram à Otan em 2004, pediram uma presença maior da aliança, temendo uma ameaça da Rússia após a anexação da península da Crimeia, localizada na Ucrânia, em 2014.