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    Comentário do republicano Donald Trump irrita o Paquistão

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIA

    03/05/2016 07h53

    O polêmico pré-candidato republicano Donald Trump conseguiu, com mais uma de suas controversas falas, irritar os paquistaneses, ao afirmar que mandaria o país libertar um médico acusado de ter ajudado a CIA a encontrar Osama bin Laden.

    Em entrevista ao canal Fox News, na sexta-feira (29), Trump disse que, se eleito presidente dos Estados Unidos, faria o Paquistão libertar Shakil Afridi "em dois minutos", citando que o país recebe muita ajuda financeira dos americanos.

    Aaron P. Bernstein/Reuters
    O candidato republicano Donald Trump durante campanha em Indiana, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira
    O republicano Donald Trump durante campanha em Indiana, nos Estados Unidos, nesta segunda (2)

    Nesta segunda (2), o ministro do Interior do Paquistão, Chaudhry Nisar, disse que os comentários do republicano demonstram "sua insensibilidade e também sua ignorância a respeito do Paquistão".

    "Ao contrário da ideia equivocada do sr. Trump, o Paquistão não é uma colônia dos Estados Unidos", disparou o ministro em um comunicado.

    Washington vê Afridi como um herói, mas o Paquistão condenou o médico a 33 anos de prisão sob acusação de pertencer a um grupo militante, o que ele nega. A sentença acabou derrubada, mas Afridi aguarda julgamento por outras acusações.

    O médico também foi acusado de organizar uma campanha de vacinação falsa, em que ele teria coletado amostras de DNA para ajudar a CIA a encontrar Bin Laden —ele não foi, porém, formalmente acusado por este caso.

    A nova controvérsia se soma a outras de Trump, que já enfureceu mexicanos ao chamá-los de estupradores e prometer erguer um muro entre o México e os EUA.

    Trump também já se referiu ao massacre da Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 1989, como "um tumulto", o que irritou defensores de direitos humanos.

    Nas últimas semanas, o pré-candidato tem se manifestado sobre como seria sua eventual política externa à frente da Casa Branca, conjunto de ideias que têm sido resumidas como "a América primeiro".

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