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    Chavista defende demitir servidores que pediram referendo contra Maduro

    DA AFP

    05/05/2016 21h32

    O número dois do chavismo, deputado Diosdado Cabello, disse na noite de quarta-feira (4) que os funcionários públicos venezuelanos que assinaram o pedido de referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro deveriam ser demitidos.

    "Uma revolução se faz com revolucionários. Se entre estas assinaturas está a de um diretor de órgão público, ele deve sair (...). Podem chamar isto do que quiserem, mas se há gente [da oposição] infiltrada e foi descoberta, tem que partir", disse Cabello em seu programa semanal na TV estatal.

    Juan Barreto-6.abr.16/AFP
    Venezuelan president Nicolas Maduro (L) and Deputy and former president of the National Assembly, Diosdado Cabello(R) during the television program "Mazo Dando" in Caracas on April 6, 2016. The US State Department on April 6, 2016 called for the "immediate release" of Venezuela's political prisoners, after the country's legislature approved an amnesty bill demanding their freedom. Maduro contends that the legislation violates the constitution and international agreements on human rights. / AFP PHOTO / JUAN BARRETO / PRESIDENCIA ORG XMIT: VEN740
    O deputado chavista Diosdado Cabello (de azul) com o presidente Nicolás Maduro em programa oficial de TV

    O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que a oposição acusa de obedecer ao governo, começou nesta quarta-feira a revisar cerca de dois milhões de assinaturas apresentadas pela oposição para ativar o referendo revogatório contra Maduro.

    Segundo a lei, o CNE deve verificar as assinaturas em cinco dias e em outros cinco convocar os que assinaram a ratificar seu apoio com impressão digital.

    "Quando temos em um cargo (público) de direção um esquálido (opositor), ele vai sabotar (...) porque esta é a sua natureza, sabotar a revolução", disse Cabello.

    O coordenador da comissão governista que verificará a apuração da autenticidade das assinaturas, Jorge Rodríguez, descartou qualquer represália contra funcionários que firmaram o pedido.

    A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) entregou na segunda-feira 1,85 milhão de assinaturas, de um total de 2,5 milhões recolhidas, para solicitar a ativação do referendo revogatório, que exigia apenas 195.721 (1% do padrão eleitoral).

    Assim que o CNE validar as assinaturas, será autorizada a coleta, em três dias, de mais quatro milhões de firmas (20% do eleitorado) requeridas para convocar o referendo. As assinaturas devem ser revisadas em 15 dias. Se aprovadas, o referendo será realizado dentro de três meses.

    Para que Maduro seja retirado do cargo, o "Sim" no referendo deve obter mais que os 7,5 milhões de votos com que foi eleito depois da morte de seu mentor, Hugo Chávez, em 2013.

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