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    Justiça argentina processa ex-ministro de Cristina por acidente de trem

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    10/05/2016 17h02

    O deputado federal e ex-ministro kirchnerista Julio De Vido (Planejamento) será processado na Argentina por suspeita de administração fraudulenta.

    Segundo a Justiça, De Vido não controlou "as condições de funcionamento do material, da infraestrutura, do pessoal e dos fundos públicos do Estado na empresa Trens de Buenos Aires".

    A falta de fiscalização culminou emum acidente ferroviário em 2012, que matou 51 pessoas e deixou 789 feridos.

    AFP
     Julio de Vido ----------- Handout photo released by the Argentinian Presidency of Argentinian Foreign Minister Hector Timerman (L), his Chinese Counterpart Wang Yi (C) and Argentinian Minister of Planning and Public Investment Julio de Vido as they pose during a bilateral meeting in the sidelines of the G20 Summit in Antalya, Turkey on November 15, 2015. Argentina and China signed an agreement to build a fourth and fifth nuclear power stations with a total investment of 14.000 million dollars. AFP PHOTO / ARGENTINIAN PRESIDENCY ORG XMIT: ARG400
    O ex-ministro argentino do Planejamento Julio de Vido, que responderá a processo na Justiça

    A Justiça determinou ainda o embargo de 600 milhões de pesos (aproximadamente R$ 145 milhões) em bens e dinheiro de De Vido.

    Em dezembro do ano passado, os ex-secretários de Transporte Ricardo Jaime e Juan Pablo Schiavi já haviam sido condenados pela tragédia a oito e a seis anos de prisão, respectivamente. Ambos eram subordinados a De Vido.

    O ex-ministro também é investigado por suposto enriquecimento ilícito e compra de trens sem condições de uso da Espanha e de Portugal.

    O juiz responsável pela abertura do processo contra De Vido é Claudio Bonadio, um dos principais inimigos do kirchnerismo.

    O magistrado foi quem convocou a ex-presidente Cristina Kirchner a se apresentar à Justiça e prestar esclarecimentos sobre a venda de dólares no mercado futuro a um preço inferior ao de mercado -operação financeira que pode ter causado um prejuízo de 77 bilhões de pesos (cerca de R$ 20 bilhões) aos cofres públicos.

    Bonadio também esteve à frente do caso de suposta lavagem de dinheiro nos hotéis da ex-dirigente e, em menos de duas semanas de fevereiro deste ano, abriu três processos contra importantes políticos do último governo kirchnerista.

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