O virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump afirmou nesta quarta-feira (11) que vai ignorar pressões para que divulgue sua declaração do Imposto de Renda antes das eleições.

"Não há nada a se aprender com elas", disse à agência de notícias Associated Press.

	Jim Urquhart - 6.mai.2016/Reuters
	O candidato republicano à Presidência Donald Trump discursa em Eugene, no Oregon, na sexta-feira (6)

Há meses o magnata do setor imobiliário resiste a tornar suas finanças públicas. Ele diz que, por orientação dos seus advogados, só deve revelar os documentos após a Receita Federal americana auditar suas contas com o Fisco.

Dono de uma fortuna de US$ 4,5 bilhões (R$ 15,48 bilhões) pela revista "Forbes", o que faz dele o 324º homem mais rico do mundo em 2016, Trump afirmou esperar que a papelada seja resolvida o quanto antes.

Eleições nos EUA

"E, se acabar antes, divulgarei-a imediatamente porque não há nada lá", disse.

No Twitter, o empresário reafirmou que seus impostos "são sob auditoria rotineira" e que ela só deverá ficar pronta após a eleição presidencial, em 7 de novembro.

Em fevereiro, dois de seus rivais nas prévias republicanas, os senadores Marco Rubio (Flórida) e Ted Cruz (Texas), liberaram resumos de suas declarações de imposto. A ideia era pressionar Trump a fazer o mesmo. Não funcionou.

À CNN, na segunda (9), Trump disse que não pretende aumentar a carga tributária dos americanos mais ricos, como deu a entender no dia anterior.

"Para os ricos, francamente, acredito que [o imposto] irá aumentar e, você sabe, realmente deve subir", afirmara no domingo (8), em entrevista ao "Meet the Press", da NBC.

Trump retificou o discurso: eventualmente, as taxas para esse grupo subiriam, mas em cima de uma "nova proposta tributária", afirmou a Chris Cuomo, âncora do programa "New Day", da CNN.

"Agora, se eu elevar [impostos] para os mais ricos, eles ainda vão pagar menos do que pagam agora. Não estou falando em aumentar nada a partir do ponto em que estamos."