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    Justiça arquiva ação de paternidade de ex de Evo Morales por falta de provas

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    11/05/2016 23h26

    A Justiça da Bolívia arquivou nesta quarta-feira (11) o processo do presidente Evo Morales contra uma ex-namorada para reconhecimento de paternidade devido à "falta de provas da existência física" da criança.

    A decisão faz parte de mais um capítulo da discussão que se estabeleceu sobre a existência de um filho de Evo, que é solteiro, e da relação com Gabriela Zapata, que teria sido beneficiada por Evo com emprego em uma multinacional.

    Jose Lirauze/Xinhua
    O presidente da Bolívia, Evo Morales, faz discurso nesta quarta; Justiça arquiva ação de paternidade
    O presidente da Bolívia, Evo Morales, faz discurso nesta quarta; Justiça arquiva ação de paternidade

    A juíza responsável pelo caso, Jacqueline Rada, disse que a dúvida sobre a existência da criança foi provocada pela própria Zapata ao apresentar fotos de quatro crianças diferentes dizendo que era seu filho.

    "Esta dúvida e incerteza foi gerada pela própria demandada, que apresentou fotos de crianças diferentes e em idades diferentes, que não têm nenhuma relação física nem de idade com a criança apresentada pela demandada".

    Segundo a juíza, Zapata também não cumpriu a ordem de apresentar a criança nem de submeter-se a um exame de DNA, motivo pelo qual não é possível provar qualquer medida de paternidade pelo presidente.

    "Sem explicação alguma, a parte nem apresenta o possível menino nem se submete à coleta de material genético, o que cria a convicção que a tão reiteradamente mencionada criança não existe fisicamente", disse.

    Na semana passada, Zapata havia comemorado o fato de ter sido intimada pela Justiça para comprovar a existência do menino. Ela também havia ameaçado o presidente de processá-lo para tirar a paternidade e por danos psicológicos.

    Evo Morales chegou a entregar o material genético, mas o mesmo não foi feito por Zapata. A ex se negou a submeter a prova a não ser que ela, o presidente e as crianças tirassem as amostras ao mesmo tempo em evento público.

    NOVELA

    A informação de que o presidente, solteiro e sem filhos, teria um herdeiro surgiu em 3 de fevereiro. O jornalista Carlos Valverde mostrou como prova uma certidão de nascimento da criança.

    Dois dias depois, o presidente admitiu a relação e o nascimento da criança, que, segundo Morales, teria morrido ainda em 2007. No final de fevereiro, uma tia de Zapata disse que o menino estava vivo, mas a ex-namorada negou.

    Diante da versão de que a criança existia, ao contrário do que alegava, Morales apresentou um processo contra Gabriela para que ela apresentasse o menino e se ofereceu para ficar com ele.

    Em março, o Ministério Público da Bolívia chegou a informar que nunca existiu o filho de Morales e Zapata. Segundo os investigadores, ela havia falsificado documentos para atestar o nascimento da criança.

    Na ocasião, o procurador-geral do país, Ramiro Guerrero, afirmou que Zapata apresentou ao cartório uma declaração de maternidade do Hospital da Mulher de La Paz, correspondente a uma criança nascida em 2006.

    Na certidão, o menino aparece como se tivesse nascido em 30 de abril de 2007. Guerrero afirmou também que não existe documentação que confirme a internação de Zapata no hospital no período descrito na declaração.

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