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    novo governo

    Presidente de El Salvador diz que não reconhecerá governo de Michel Temer

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    14/05/2016 20h44

    O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, anunciou neste sábado (14) que não reconhecerá o governo de Michel Temer por considerar que o afastamento de Dilma Rousseff é uma manipulação política.

    "Antes, os golpes na América Latina eram feitos com forças militares, eram golpes militares. O que aconteceu agora foi uma destituição pelo Parlamento, pelo Senado. Desse modo, há uma manipulação política", disse.

    Marvin Recinos - 11.abr.2016/AFP
    O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, faz discurso em San Salvador em 11 de abril
    O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, faz discurso em San Salvador em 11 de abril

    Assim como Dilma, Sánchez Cerén é ex-guerrilheiro. Ele integra a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional que, depois do fim da guerra civil, em 1992, tornou-se o principal partido de esquerda do país centro-americano.

    Em discurso em Izalco, a 61 km da capital San Salvador, o presidente afirmou ainda que convocará para consultas a embaixadora em Brasília, Diana Marcela Vanegas, que foi proibida de ir a eventos do presidente interino.

    A Chancelaria do país informou, em nota, que o afastamento de Dilma Rousseff "confirma os questionamentos dentro do Brasil e em nível internacional no sentido de que assistimos à configuração de um golpe de Estado".

    Desde o governo de Mauricio Funes (2009-2014), também da Frente Farabundo Martí, El Salvador tinha uma relação próxima com o PT. A campanha eleitoral de Sánchez Cerén em 2014 foi organizada por uma equipe brasileira.

    Além de El Salvador, Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua, Uruguai e Venezuela condenaram o afastamento de Dilma. O Itamaraty, agora comandado pelo tucano José Serra, ainda não comentou sobre o anúncio salvadorenho.

    Em relação aos demais, a Chancelaria publicou nota rechaçando o que chamou de "falsidades" e disse que a ação "se desenvolve se desenvolve em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal".

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