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    Maduro ameaça tomar fábricas paralisadas e prender empresários

    DA AFP

    15/05/2016 00h24 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Xinhua
    Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimenta apoiadores durante comício no centro de Caracas
    Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimenta apoiadores durante comício no centro de Caracas

    O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ameaçou neste sábado (14), como parte do estado de exceção decretado na sexta-feira (13), intervir nas fábricas que estiverem paralisadas e prender os empresários que pararem a produção com o objetivo de "sabotar o país".

    "Planta parada, planta entregue ao povo! (...) Vocês vão me ajudar a recuperar todas as plantas paralisadas pela burguesia", declarou Maduro, em um comício no centro de Caracas.

    A medida pode implicar a tomada de quatro fábricas de cerveja da Empresas Polar –a maior produtora de alimentos e de bebidas do país. Essas unidades se encontram paralisadas desde 30 de abril passado pela falta de acesso a divisas para importar insumos, de acordo com a companhia, dentro do estrito controle cambial imposto em 2003 pelo então presidente Hugo Chávez (1999-2013).

    Também neste sábado, Maduro ordenou a realização de "exercícios militares" no próximo sábado, para enfrentar o que denunciou como "ameaça externa", após decretar o estado de exceção no país.

    "No próximo sábado, convoquei exercícios militares nacionais das Forças Armadas, do povo e da milícia, para nos prepararmos para qualquer cenário", afirmou Maduro, em entrevista à televisão no encerramento da mobilização chavista.

    Segundo Maduro, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe "convocou uma intervenção armada" durante uma reunião em Miami com lideranças da oposição, da qual também participou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

    O presidente venezuelano declarou que o apelo de Uribe "constitui um crime internacional" e, por isso, solicitou "ao Ministério Público e ao Poder Judiciário que ativem todas as ações - nacionais e internacionais - para julgar Álvaro Uribe (...)".

    Hoje, as Forças Armadas da Venezuela emitiram um comunicado, manifestando "sua mais firme e categórica rejeição à sistemática campanha de desprestígio e de provocação orquestrada do exterior (...), à qual o senhor Álvaro Uribe Vélez se somou".

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