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    Centenas protestam na Coreia do Sul após mulher ser esfaqueada

    DA ASSOCIATED PRESS

    21/05/2016 09h38

    Centenas foram às ruas de Seul, na Coreia do Sul, neste sábado (21), em protesto após a morte de uma mulher de 23 anos que foi esfaqueada em um banheiro.

    O crime comoveu a população e levou muitas sul-coreanas a reclamarem publicamente do crescente número de ameaças, abusos e ataques às mulheres.

    Os manifestantes usaram máscaras brancas e capas de vinil e começaram a marcha no portão da estação de metrô Gangnam. A vítima foi atacada na terça-feira (19) por um homem desconhecido no banheiro de um prédio perto da estação.

    Este foi o quarto dia seguido de manifestações contra o ataque.

    O portão do metrô foi coberto de milhares de mensagens, com a maioria de mulheres expressando tristeza e temores de que possam ser vítimas de violência.

    "Como uma mulher em seus 20 anos, me sinto devastada sobre esse incidente porque poderia ter sido eu", diz uma das mensagens.

    "Eu quero viver em um lugar no qual não tenho que ouvir que preciso tomar cuidado por ser mulher", diz outro.

    Murais semelhantes surgiram em outras cidades sul-coreanas, como Busan e Daejeon.

    A polícia sul-coreana prendeu na sexta-feira (20) um desempregado de 34 anos com histórico de esquizofrenia como suspeito do crime.

    Segundo os policiais, ele estava armado com uma faca e esperou cerca de 40 minutos até que uma mulher entrasse no banheiro. Ele então a esfaqueou.

    Ele disse à polícia que matou a jovem porque as mulheres o estavam rejeitando.

    Estatísticas mostram que a violência contra a mulher cresce na Coreia do Sul. Em 2014, elas foram vítimas de 85% dos crimes violentos hediondos, incluindo assassinato, assalto e abuso sexual.

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