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    Protestos violentos marcam discurso anual de presidente chilena

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
    DE SÃO PAULO

    21/05/2016 17h17 - Atualizado às 21h01

    Protestos violentos marcaram o dia do discurso anual de prestação de contas da presidente chilena, Michelle Bachelet, ao Congresso.

    Milhares de estudantes, trabalhadores e organizações sociais foram às ruas de Valparaíso, cidade-sede do Legislativo, contra o governo.

    Apesar de o protesto ter começado pacífico, em pouco tempo ocorreram choques com a polícia e o uso de bombas incendiárias por manifestantes. As forças de segurança responderam com gás lacrimogêneo e jatos de água.

    Ao menos 37 pessoas foram detidas: 16 homens, 7 mulheres e 4 menores de idade.

    Um homem de 71 anos morreu de asfixia após manifestantes encapuzados incendiarem uma farmácia e um supermercado em um edifício que abriga várias repartições públicas. Ele trabalhava como guarda noturno em uma delas.

    Outro prédio, perto da catedral da cidade, também foi incendiado.

    Após a morte, o prefeito de Valparaíso, Jorge Castro, defendeu que não sejam mais autorizadas manifestações na cidade em 21 de maio, tradicional data do discurso anual da Presidência e da abertura do ano legislativo. Neste sábado, estavam marcadas ao menos quatro em Valparaíso.

    Em seu discurso, Bachelet defendeu a reforma educacional que vem promovendo no Chile. O objetivo do governo é eliminar a política do ditador Augusto Pinochet (1973-90), que instituiu a cobrança de mensalidade em todas as universidades, mesmo nas públicas. A meta é universalizar a gratuidade no ensino superior até 2020.

    A presidente também anunciou que enviará à Casa proposta para criação de um ministério da Ciência e Tecnologia.

    Bachelet foi eleita em dezembro de 2013 para um segundo mandato (o primeiro havia sido entre 2006 e 2010), prometendo reduzir a desigualdade no país e promover reformas tributária, educacional e constitucional.

    No entanto, seus índices de aprovação caíram em meio à desaceleração econômica no Chile e um escândalo de corrupção envolvendo sua família.

    Bachelet também anunciou que irá enviar à Casa proposta para criação de um ministério da Ciência e Tecnologia.

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