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    Iraque lança ofensiva para retomar cidade sob controle do Estado Islâmico

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    22/05/2016 23h42

    O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, anunciou neste domingo (22) o início de uma ofensiva para retomar a cidade de Fallujah, hoje sob controle da facção terrorista Estado Islâmico (EI).

    Fallujah, conquistada pelo EI em janeiro de 2014, fica a 65 quilômetros de Bagdá, capital. Ela está cercada por forças iraquianas desde o ano passado.

    Ahmad Al-Rubaye/AFP
    Forças iraquianas se reúnem nas imediações da cidade de Fallujah antes de ofensiva contra EI
    Forças iraquianas se reúnem nas imediações da cidade de Fallujah antes de ofensiva contra EI

    Estima-se que 75 mil civis ainda morem no local. As Forças Armadas do Iraque lançaram diversos apelos para que a população tente sair da cidade antes da ofensiva, mas isso vem sendo impedido pelos extremistas. Frente ao problema, os militares pediram para que as famílias identifiquem suas casas com bandeiras brancas no momento do ataque.

    Recentemente, com auxílio aéreo de uma coalizão liderada pelos EUA, o Iraque ganhou terreno contra o EI. Na semana passada, o Exército conseguiu expulsar a facção da cidade de Rutba. No início do ano, também Ramadi foi reconquistada.

    A retomada de Fallujah pode significar mais segurança para a capital do Iraque, constantemente alvo de atentados. "Fallujah é um porto seguro para o EI, onde a facção pode construir suas bombas e planejar suas operações relativamente próxima de Bagdá", disse o coronel Steve Warren, port-voz da coalizão americana no Iraque.

    Apesar disso, o EI ainda mantém importantes cidades sob seu controle, como Mossul, a segunda maior do país.

    Durante a Guerra do Iraque, Fallujah foi um forte reduto insurgente. Em novembro de 2004, forças americanas atacaram a cidade em uma ofensiva que deixou 80 soldados dos EUA mortos e cerca de 2.000 rebeldes. Centenas de edificações ficaram destruídas.

    PROBLEMAS INTERNOS

    Além de lidar com o Estado Islâmico, o governo do Iraque também enfrenta uma grande insatisfação popular, que pede reformas no sistema político no país.

    Na sexta-feira passada (20), pela segunda vez em três semanas, a fortificada Zona Verde da capital foi invadida por manifestantes. Duas pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas após a polícia reagir contra a multidão com bombas de gás lacrimogênio, jatos d'água e tiros.

    Grande parte dos manifestantes apoia o influente clérigo xiita Muqtada al-Sadr, que condenou a violência das forças policiais contra o protesto.

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