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    Itália vota em eleições municipais importantes para o governo Renzi

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    05/06/2016 11h10

    Os italianos comparecem às urnas neste domingo (5) para eleições municipais consideradas um teste tanto para o primeiro-ministro Matteo Renzi, que convocou para o final do ano um referendo sobre a reforma constitucional, como para a direita, muito dividida.

    Quase 13,3 milhões de eleitores de cidades como Roma, Milão, Nápoles, Turim ou Bolonha estão convocados a votar, em um pleito no qual o índice de participação é chave no primeiro turno.

    Para Matteo Renzi, que foi eleito primeiro-ministro em 2014 apenas com a única experiência política de ter sido prefeito de Florença, as eleições locais são, sobretudo, simbólicas.

    Tiziana Fabi - 1.jun.2016 /AFP
    Italian Prime Minister Matteo Renzi speaks during a campaign meeting of Roberto Giachetti, Democratic Party (PD) candidate for the mayoral election in Rome on June 1, 2016 upon the first round of the election that will be held in Rome on June 5. / AFP PHOTO / TIZIANA FABI
    Matteo Renzi, primeiro-ministro da Itália, durante evento de campanha em Roma

    O pleito decisivo será o referendo constitucional, previsto para o segundo semestre.

    Em outubro, os italianos devem validar em um referendo uma importante reforma, aprovada em abril pelo Parlamento, que limita os poderes do Senado e, a princípio, garantir a estabilidade governamental.

    Renzi expressou apoio aos principais candidatos de seu movimento, o Partido Democrata (PD, centro-esquerda), incluindo o candidato à prefeitura de Roma, Roberto Giachetti, que encontra dificuldades na capital do país ante a representante do Movimento Cinco Estrelas (M5S), Virginia Raggi.

    A advogada de 37 anos aparece com quase 30% das intenções de voto nas pesquisas, contra 24% de Bobo Giachetti.

    Pouco atrás da dupla aparece Giorgia Meloni, candidata da direita, apoiada em particular pelo partido populista anti-imigração Liga Norte, que pode surpreender e chegar ao segundo turno, previsto para 19 de junho, contra Virginia Raggi, o que provocaria uma inédita disputa feminina.

    O candidato da direita tradicional, Alfio Machini, tem o apoio do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi (Forza Italia, FI), de 79 anos, ainda presente na vida política italiana apesar dos múltiplos problemas com a justiça.

    Os resultados destes dois candidatos podem provocar uma recomposição da direita italiana, muito desunida entre a centro-direita tradicional e extrema-direita, liderada pela Liga Norte de Matteo Salvini.

    A votação na capital italiana é analisada, inclusive do exterior, por ser o exemplo emblemático de uma Itália envolvida em escândalos.

    Em Milão, capital econômica do país, os candidatos de esquerda e direita estão praticamente empatados.

    Em Turim e Bolonha, os candidatos do PD estavam bem nas pesquisas, enquanto em Nápoles o atual prefeito Luigi di Magistris, independente e muito crítico do governo nacional, deve ser reeleito.

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