Projeções das redes de TV CNN e NBC apontavam, na noite deste domingo (5), vitória de Hillary Clinton na prévia de Porto Rico, colocando a ex-secretária de Estado agora muito perto do número necessário de delegados para se tornar a candidata democrata à Presidência dos EUA.
No sábado, Hillary tinha superado seu rival Bernie Sanders nas primárias das Ilhas Virgens, conquistando sete delegados. Com isso, a senadora acumulava 2.323 delegados e superdelegados, a apenas 59 do número necessário para a indicação.
| Foto:Mike Blake/REUTERS | ||
 |
||
| A pré-candidata democrata Hillary Clinton discursa em San Diego, na Califórnia, no dia 2 de junho |
Em Porto Rico, estavam em jogo 60 delegados, que seriam alocados proporcionalmente à votação de cada candidato, além de sete superdelegados, que já declararam voto em Hillary.
Até as 0h30 de segunda (6), não era possível saber quantos dos 60 delegados vão para a ex-primeira-dama.
Nesta terça-feira (7), realiza-se a última grande rodada de prévias para os democratas, com seis Estados votando e 694 delegados em jogo, além de 112 superdelegados -a Califórnia é o principal, com 475 delegados.
O magnata Donald Trump conquistou no fim de maio os 1.237 delegados necessários para a candidatura pelos republicanos. Agora, o partido começa a se unir em torno da candidatura de Trump, ainda que de forma relutante.
Já os democratas continuam muito divididos, e Sanders promete não desistir antes da convenção do partido, mesmo que seja impossível matematicamente conquistar a indicação.
Sanders aposta em pesquisas que mostram o socialista com mais chances do que Hillary de vencer Trump na eleição de 8 de novembro.
CRISE ECONÔMICA
Em Porto Rico, um território autônomo dos EUA, o foco dos eleitores foi a crise econômica. Hillary e seu rival Sanders visitaram a ilha e prometeram apoio -o governo local está tentando reestruturar uma dívida pública de US$ 70 bilhões, que o governador disse ser "impagável".
"Este é um dos momentos políticos mais importantes para Porto Rico", disse Emanuel Rosado, 29, apoiador de Hillary que foi um dos primeiros a chegar na seção eleitoral.
Duas semanas antes das prévias, Sanders afirmou que o pacote de resgate planejado para a ilha, negociado pelos líderes da Câmara e o governo, era "colonialista".
O pacote cria um conselho federal de supervisão para a ilha e, segundo Sanders, "consegue piorar uma situação que já é ruim". "Não teremos voz nem voto neste pacote," disse Marcos Valdez, 20, eleitor de Sanders.
Cerca de 2,9 milhões de portorriquenhos são aptos a votar. Mas embora possam participar nas primárias dos partidos, não podem ir às urnas em novembro, na eleição presidencial.
Entre os eleitores de domingo (5) estava Andres Lopez, um dos superdelegados que podem votar no candidato que quiser na convenção. Ele declarou apoio a Hillary, assim como os outros seis superdelegados. "É hora de nos concentrarmos em acabar com 'El Trumpo'", disse ele, referindo-se a Trump.