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    Atirador frequentou boate por anos antes de atacá-la, dizem testemunhas

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    13/06/2016 22h55

    Reprodução/MySpace
    Omar Mateen é suspeito de atirar dentro de boate gay em Orlando (Foto: Reprodução/MySpace)
    Omar Mateen é suspeito de atirar dentro de boate gay em Orlando (Foto: Reprodução/MySpace)

    Testemunhas e frequentadores regulares da boate Pulse afirmaram nesta segunda-feira à imprensa americana terem visto Omar Mateen, 29, outras vezes na casa noturna e em aplicativos de encontros gays.

    Na madrugada do último domingo (12), ele entrou com um fuzil AR-15 e uma pistola na boate, matou 49 pessoas e deixou outras 53 feridas. A ação foi o maior ataque a tiros da história recente dos Estados Unidos.

    Em entrevista ao jornal "Orlando Sentinel", Ty Smith afirma que chegou a ver Mateen dentro da boate pelo menos 12 vezes. Segundo ele, o atirador entrava na boate e ficava bebendo sozinho em um canto da pista.

    "Outras vezes ele ficava tão bêbado que ficava estridente e agressivo. Não falava muito com ele, mas lembro de coisas como o que ele falava sobre o pai e sobre ter mulher e uma filha", disse Smith.

    Cord Cedeno e Chris Callen também afirmam terem sido testemunhas destes momentos de agressividade de Mateen dentro da Pulse. "Certamente era ele. Ele frequentava a balada há anos e as pessoas o conheciam", disse Cedeno.

    Outro frequentador da Pulse, Kevin West, disse ao "Los Angeles Times" que ele trocou mensagens com o atirador por um ano no aplicativo gay Jack'd. Ele afirma nunca ter se encontrado pessoalmente com Mateen.

    "Quando ele falou comigo pela primeira vez, me perguntava sobre as melhores baladas e lugares para ir. E eu lembro de ter dito a ele que bastava olhar na internet, porque eu não saio muito", disse.

    No entanto, reconheceu o atirador quando ele entrou na boate por volta de 1h de domingo, uma hora antes do ataque. West disse ainda que ele tomou uma bebida antes de sair e invadir de novo a casa noturna com as armas.

    Na manhã de domingo (13), ele mostrou as mensagens trocadas para o FBI. Questionado pela imprensa, o chefe de polícia de Orlando, John Mina, disse não ter conhecimento deste histórico do atirador.

    De acordo com a imprensa americana, agentes do FBI investigam se o atirador pensava em fazer o ataque em outros locais que visitou —dentre eles, o Walt Disney World Resort, o maior parque temático da cidade, em abril.

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