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    Ex-membro do governo Cristina é preso ao tentar enterrar dinheiro

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    14/06/2016 13h33

    O ex-número dois do Ministério do Planejamento dos governos Kirchner (2003-2015), José Francisco López, foi detido na manhã desta terça-feira (14) quando enterrava dezenas de sacos plásticos com joias e dólares em um convento na região metropolitana de Buenos Aires.

    Estima-se que ele estava com cerca de US$ 8,4 milhões (R$ 30 milhões).

    López foi secretário de obras públicas e já era investigado por enriquecimento ilícito. No ano passado, ele havia sido eleito deputado do Parlasul (parlamento do Mercosul).

    Agustin Marcarian-13.abr.16/Reuters
    Former Argentine President Cristina Fernandez de Kirchner waves to supporters as she leaves her home on her way to a court to answer questions over a probe into the sale of U.S. dollar futures contracts at below-market rates by the central bank during her administration, in Buenos Aires, Argentina April 13, 2016. REUTERS/Agustin Marcarian ORG XMIT: BAS03
    A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner acena a simpatizantes antes de depor sobre venda de dólares

    Na manhã desta terça, um vizinho do convento chamou a polícia após ver López escondendo o dinheiro.

    Por 12 anos, o político foi o braço direito do então ministro Julio De Vido, outro membro do governo kirchnerista com problemas na Justiça.

    De Vido é investigado por enriquecimento ilícito e participação em um esquema de pagamento de propina na venda de uma empresa da Petrobras. Ele também está sendo processado por administração fraudulenta.

    Em sua conta no Twitter, De Vido escreveu, recentemente, que ele e o kirchnerismo sofrem uma perseguição midiática que busca desqualificá-los para que a Argentina esqueça das obras feitas por Néstor e Cristina Kirchner.

    A ex-presidente é suspeita de enriquecimento ilícito e falsificação de documentos públicos, além de estar sendo processada pela venda de dólares no mercado futuro a preços inferiores ao de mercado.

    Operações financeiras fechadas durante sua gestão pelo Banco Central podem ter causado um prejuízo de 29 bilhões de pesos (R$ 7 bilhões) aos cofres públicos. Cristina diz estar sendo perseguida.

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