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    Socialistas rejeitam formar governo com conservador PP na Espanha

    DIOGO BERCITO
    EM MADRI

    27/06/2016 10h27 - Atualizado às 13h25

    Um dia após as eleições espanholas, o premiê em exercício Mariano Rajoy (Partido Popular, conservador) afirmou que não irá "renunciar à responsabilidade de governar". Seu partido recebeu 137 cadeiras no domingo (26).

    Mas Rajoy precisará de bastante habilidade quando começar a fazer as contas para formar um governo, uma tarefa que exigirá 176 deputados no Congresso.

    Na segunda-feira, o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol, centro-esquerda) mostrou-se pouco disposto a pactos. "Não vamos apoiar Rajoy nem vamos nos abster", afirmou Antonio Hernando, porta-voz socialista.

    O PSOE recebeu 85 assentos no pleito de domingo, cinco a menos que havia tido nas eleições de dezembro. Apesar do pior resultado, o partido é ainda a segunda maior força política no país.

    Albert Rivera, líder do Cidadãos, que conseguiu 32 cadeiras, reiterou sua posição de que não apoiará a permanência de Rajoy como premiê. Caso entre em acordo com PP e PSOE para formar um governo, será com a condição de que o líder conservador deixe o seu cargo.

    CRONOGRAMA

    As declarações após o voto fazem parte do jogo político, e não necessariamente refletem as negociações entre os partidos. A formação do governo deve, além disso, tomar ao menos algumas semanas, caso de fato ocorra.

    O novo Parlamento será inaugurado em 19 de julho. A partir dessa data, o rei deve reunir-se com representantes políticos e determinar qual deles irá oficialmente tentar formar um governo.

    Será o tempo das alianças. Mas esse período pode não levar a nenhuma resolução política, assim como em dezembro. Há seis meses, foi necessário convocar novas eleições para quebrar o impasse –que por enquanto se mantém, no atual cenário.

    Convocar um terceiro pleito não seria impossível, mas teria um alto custo político, e a medida deve ser evitada pelos partidos. Há, ademais, pressão da opinião pública.
    Desde dezembro o Parlamento espanhol está paralisado. O Executivo tem poderes limitados, e hoje é impossível renovar o Orçamento.

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