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    Plebiscito britânico

    Parlamentares trabalhistas do Reino Unido pedem a saída do líder Corbyn

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/06/2016 13h26

    Os parlamentares trabalhistas do Reino Unido votaram nesta terça-feira (28) uma moção pedindo a saída do líder do partido no Parlamento, Jeremy Corbyn. Os parlamentares aprovaram um voto de desconfiança (uma moção de censura) e pediram que ele renuncie ao cargo de líder da oposição ao governo conservador liderado pelo premiê David Cameron.

    A votação contra Corbyn teve apoio de 172 deputados, e apenas 40 votaram por sua permanência no cargo.

    Corbyn reagiu à votação dizendo que ela não tinha legitimidade constitucional, e que não iria renunciar à liderança. Segundo ele, renunciar seria "trair" seus eleitores. "Fui eleito democraticamente o líder do nosso partido para um novo tipo de política por 60% dos membros do Partido Trabalhista e seus apoiadores, e não vou traí-los com a renúncia", disse.

    Neil Hall/Reuters
    O líder do Partido Trabalhista no Parlamento britânico, Jeremy Corbyn
    O líder do Partido Trabalhista no Parlamento britânico, Jeremy Corbyn

    O líder trabalhista tem sido muito criticado por sua performance na campanha contra a saída britânica da União Europeia, decidida em plebiscito na semana passada.

    A moção dos trabalhistas contra Corbyn reforça a pressão política sobre os dois principais partidos britânicos desde que o plebiscito decidiu pelo rompimento com a UE.

    Imediatamente após a aprovação do chamado Brexit, o primeiro-ministro, David Cameron, anunciou sua renúncia e a provável antecipação da eleição no artido para o início de setembro

    No Partido Trabalhista a crise não é menor. Em apenas dois dias, Corbyn perdeu praticamente todo o seu grupo de deputados aliados, que renunciaram aos cargos no governo paralelo afirmando que o líder não teria credibilidade para conduzir o partido ou contribuir para a saída do bloco - ele fez campanha pela permanência na UE.

    Na véspera da moção contra sua liderança, Corbyn ainda tentou reagir se baseando no apoio vindo das bases trabalhistas. Um grupo de aproximadamente mil pessoas realizou um protesto na segunda-feira (27), por sua permanência na liderança trabalhista. Os manifestantes classificavam de "golpe" o movimento contra o Corbyn dentro do Parlamento.

    NOVO PRIMEIRO-MINISTRO

    A data em que o Reino Unido vai indicar um nome para suceder o primeiro-ministro David Cameron foi adiada para 9 de setembro, uma semana depois do planejado, informou nesta terça-feira o Partido Conservador.

    "O conselho e o Comitê 1922 concordaram que a eleição deve ocorrer com a rapidez de que as considerações práticas permitirem", informou em comunicado.

    "Para garantir que haja plena participação dos membros, a diretoria do partido recomenda que a data da declaração do líder seja 9 de setembro de 2016".

    Na segunda-feira, o comitê, que estabelece as regras para a disputa pela liderança no Partido Conservador, recomendou que a indicação ocorresse no máximo até dia 2 de setembro.

    Não foi dado nenhum motivo para a mudança de data.

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