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    Justiça permite novo julgamento a condenado da série "Serial" nos EUA

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    30/06/2016 21h25

    A Justiça do Estado de Maryland concedeu nesta quinta-feira (30) um novo julgamento a Adnan Syed, 36, condenado em 1999 à prisão perpétua pela morte de sua ex-namorada Hae Min Lee, na época com 18 anos.

    O caso ficou famoso nos EUA após ter sido assunto da primeira temporada da série de podcast "Serial", que se tornou uma febre no país em 2014. A autora, a jornalista Sarah Koenig, colocou sob suspeita a condenação de Syed.

    Carlos Barria - 5.fev.2016/Reuters
    Adnan Syed (à esquerda) presta depoimento no tribunal criminal de Baltimore, nos EUA, em fevereiro
    Adnan Syed (à esquerda) presta depoimento no tribunal criminal de Baltimore, nos EUA, em fevereiro

    No primeiro julgamento, a defesa não incluiu duas testemunhas que confirmavam o álibi do condenado. As mulheres deram seu depoimento no programa, motivo pelo qual a nova equipe de defensores de Syed apelou à Justiça.

    O processo foi reaberto em novembro e novas provas começaram a serem apresentadas em fevereiro. Dentre elas, os depoimentos das novas testemunhas, incluindo Asia McClain, uma das principais entrevistadas em "Serial".

    Em sua declaração, na última quarta (29), McClain confirmou a versão da série de que via e conversava com Syed em uma biblioteca pública de Woodlawn no momento em que Hae Min Lee era morta.

    O advogado de defesa, C. Justin Brown, disse que a ex-defensora de seu cliente, Cristina Gutierrez, foi negligente. Ele também contestou a análise dos dados do celular de Syed, que havia sido descartada pelos primeiros juízes.

    As falhas da primeira defesa foram o motivo colocado pelo juiz responsável, Martin Welch, para reabrir o processo. A decisão foi considerada uma vitória pela defesa e pelo condenado, que há 16 anos tenta provar sua inocência.

    Esta é a segunda vez que a defesa de Syed tenta um novo julgamento. Na primeira, em 2014, a Justiça considerou que a primeira advogada do condenado excluiu testemunhas como parte da estratégia de defesa de seu cliente.

    A série de podcast "Serial" terminou recentemente sua segunda temporada, em que conta a história de Bowe Bergdahl, soldado americano capturado pelo Taleban em 2009 e libertado em uma troca de prisioneiros cinco anos depois.

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