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    Palestino mata israelense de 13 anos a facadas em colônia na Cisjordânia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    30/06/2016 23h09

    Um adolescente palestino de 17 anos matou nesta quinta-feira (30) a facadas uma israelense de 13 anos enquanto ela dormia em uma casa no assentamento judaico de Kyriat Arba, no sul da Cisjordânia.

    Segundo o Exército de Israel, Hallel Yaffa Ariel foi atingida várias vezes por Mohammed Nasser Tarayreh, que entrou no quarto da jovem depois de pular a cerca da colônia e travar a porta de entrada da casa.

    Gil Cohen-Magen/AFP
    Rina, mãe de Hallel Yaffa Ariel, chora ao lado do corpo da filha, morta na colônia de Kiryat Arba
    Rina, mãe de Hallel Yaffa Ariel, chora ao lado do corpo da filha, morta na colônia de Kiryat Arba

    A menina morreu pouco depois de ser transferida para o hospital em Jerusalém. O autor do ataque foi morto a tiros pelos guardas da colônia, mas antes esfaqueou e feriu um dos agentes.

    Hallel era uma parente do ministro-chefe de gabinete israelense, Uri Ariel, um dos principais defensores das colônias em territórios palestinos. O caso provocou grande comoção em Israel, principalmente entre as autoridades.

    A mãe da menina, Rina, fez um discurso aos moradores. "Você era a luz da minha vida. Adeus, meu amor. Receba um último beijo da mamãe", disse, pedindo às pessoas que visitem a colônia para confortar sua família.

    O premiê Binyamin Netanyahu disse que o ataque "reforça a sede de sangue e desumanidade" dos terroristas. "O mundo inteiro precisa condenar esse assassinato assim como foi feito nos ataques de Orlando e Bruxelas."

    Após o ataque, Uri Ariel disse que o governo vai fazer todos os esforços para expandir os colônias na Cisjordânia —um dos principais motivos de revolta dos palestinos que fazem atentados contra israelenses.

    O Exército de Israel também fez um cerco ao povoado de Bani Naim, onde morava Tarayeh, em busca de sua família. Assim como em outros ataques, seus parentes perderão a permissão de circulação e terão a casa demolida.

    A mãe do adolescente, Um Kamel, disse que não tinha ideia de que o filho estivesse planejando atacar um israelense. "Sei que alguém que entra em uma colônia é considerado um herói, mas não sabia que meu filho era forte neste ponto."

    O tio dele, Rajeh, preparava uma comemoração, assim como é feito com todos os palestinos mortos em Israel. "Ele fez algo que tinha forte convicção. Sim, ele pode ter matado uma menina, mas crianças palestinas são mortas também."

    O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, não comentou sobre ação. A tensão na região cresceu desde outubro e já deixou 211 palestinos e 32 israelenses mortos, segundo dados da agência AFP.

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