Sete meses após deixar a Presidência, Cristina Kirchner virou alvo de diversas investigações da Justiça argentina. Entenda os casos e conheça os principais envolvidos nos escândalos:
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AS INVESTIGAÇÕES
Dólares Futuro
Cristina está sendo processada por supostamente ter ordenado a venda de dólares no mercado futuro (que consiste em compromissos de compra e de venda numa data futura a preços determinados) por valores inferiores ao de mercado.
As operações financeiras, realizadas pelo Banco Central no fim de 2015, causaram um prejuízo de 53 bilhões de pesos (R$ 12 bilhões) ao Estado. É o caso mais adiantado na Justiça e no qual os bens da ex-mandatária foram bloqueados na quinta-feira (6).
| Martín Zabala - 6 jul. 2016/Xinhua | ||
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| A ex-presidente Cristina Kirchner, após comparecer ao tribunal de Comodoro Py, em Buenos Aires |
Hotesur
A ex-presidente também é investigada por suposta lavagem de dinheiro em seus hotéis na Patagônia, no sul do país.
Empresários que venceram licitações durante seu governo, como Lázaro Báez e Cristóbal López (veja abaixo), são suspeitos de terem pago milhares de pesos em diárias sem que os quartos dos hotéis fossem ocupados.
Los Sauces
Semelhante ao caso Hotesur, há suspeitas de que empreiteiras que faziam obras públicas tenham alugado apartamentos da empresa imobiliária Los Sauces, de Cristina, como forma de pagamento de propina.
| Marcos Brindicci - 16 out. 2009/Reuters | ||
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| O hotel Los Sauces, em El Calafate, é de propriedade da ex-presidente Cristina Kirchner |
La Rosadita
Cristina também é suspeita de lavagem de dinheiro por supostamente participar de um esquema em que Lázaro Báez enviou milhões de euros à Suíça.
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OS ENVOLVIDOS
Um dos melhores amigos do marido de Cristina, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em 2010. Dono da Austral Construções (empresa que mais ganhou licitações de obras de rodovias entre 2007 e 2015, segundo o governo de Mauricio Macri), está preso desde o início de abril sob suspeita de lavagem de dinheiro.
| Raul Ferrari - 5 abr. 2016/AFP | ||
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| Lázaro Báez é escoltado pela polícia, em abril, após sua detenção em Buenos Aires |
Cristóbal López
Durante o kirchnerismo, beneficiou-se com licenças para operar cassinos e meios de comunicação, como o canal de notícias C5N e a Radio 10. Foi amigo íntimo de Néstor Kirchner e é suspeito de não ter repassado impostos com a ajuda do governo de Cristina e de ter pagado propina na compra de uma refinaria da Petrobras.
Claudio Bonadio
Juiz responsável pelo processo da venda de dólares no mercado futuro. Tido como inimigo do kirchnerismo, foi afastado do caso Hotesur quando Cristina era presidente e teve seu salário reduzido. Na década de 1990, foi acusado de decidir sempre a favor do então presidente, Carlos Menem.
| Reprodução/La Nacion | ||
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| O juiz Claudio Bonadio, responsável pelo processo contra Cristina pela venda de dólares no mercado futuro |
Sebastián Casanello
Juiz que comanda o caso La Rosadita. A oposição kirchnerista afirma que o magistrado protege Cristina nas investigações e é ligado ao movimento político La Cámpora, do filho de Cristina, Máximo Kirchner.
| Reprodução/Twitter/@Pontifex_es | ||
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| Sebastian Casanello, juiz argentino que comanda o caso La Rosadita |
Margarita Stolbizer
Deputada federal, apresentou as acusações de Hotesur e Los Sauces ao Ministério Público. Foi denunciada por Cristina por tráfico de informações com o juiz Claudio Bonadio.