• Mundo

    Sunday, 05-May-2024 09:44:13 -03

    Depois de embargar bens, Justiça bloqueia contas de Cristina Kirchner

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    07/07/2016 21h34

    Um dia após ter seus bens embargados, a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teve também suas contas bancárias bloqueadas.

    A decisão faz farte do processo que investiga a venda de dólares no mercado futuro a preços inferiores aos de mercado. Essas operações financeiras, realizadas pelo Banco Central no fim do mandato de Cristina, causaram um prejuízo de 53 bilhões de pesos (R$ 12 bilhões) aos cofres públicos.

    Martín Zabala - 6 jul. 2016/Xinhua
    A ex-presidente Cristina Kirchner, após comparecer ao tribunal de Comodoro Py, em Buenos Aires
    A ex-presidente Cristina Kirchner, após comparecer ao tribunal de Comodoro Py, em Buenos Aires

    A ex-mandatária ainda é investigada por lavagem de dinheiro e falsificação de documentos públicos. Há indícios de que empresas que venceram licitações em seu governo pagavam propina em forma de aluguel a uma imobiliária de Cristina ou de diárias de hotéis também da família Kirchner.

    Nesta quinta (7), a ex-chefe de Estado acusou, pelas redes sociais, que a polícia federal a persegue e filma seus passos em Buenos Aires, onde está desde a noite do último sábado (2). No Twitter, ela colocou uma foto de uma câmara que foi instalada diante de seu prédio.

    "Quero agradecer o governo nacional por sua preocupação com a segurança do bairro e pela minha, por seguir nossos movimentos pela cidade", escreveu irônica.

    A ministra de Segurança, Patricia Bullrich, respondeu, também pela internet, que o equipamento faz parte das regras de segurança de Estado e que a operação é a mesma que foi montada para garantir a proteção do presidente americano, Barack Obama, quando esteve na Argentina, em março.

    Desde que deixou a Presidência, em dezembro, Cristina mora na província de Santa Cruz, berço do kirchnerismo. Quando está na capital do país, milhares de apoiadores costumam a seguir.

    Na primeira vez que viajou a Buenos Aires nos últimos sete meses, em abril, para depor à Justiça, militantes do La Cámpora (movimento kirchnerista comandado por seu filho, Máximo) fizeram o esquema de segurança. Eles impediram a aproximação de alguns jornalistas ao tribunal onde a ex-presidente se apresentava.

    Desta vez, o governo do presidente Mauricio Macri se responsabilizou pela proteção afirmando ser necessário por se tratar de uma ex-chefe de Estado.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024