O presidente americano, Barack Obama, disse nesta sexta (8) que os Estados Unidos estão "horrorizados" com o que parece ter sido um ataque coordenado contra autoridades policiais em Dallas e que não há justificativa para a violência.
Em uma fala rápida à imprensa, Obama afirmou que o caso está sob investigação, mas "o que sabemos é que ocorreu um ataque perverso, calculado e desprezível contra autoridades".
Cinco oficiais foram mortos e outros seis ficaram feridos em um ataque tido como o dia mais mortal para autoridades americanas desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
"Não há justificativa possível para este tipo de ataque ou qualquer violência contra autoridades", disse Obama de Varsóvia (Polônia), onde está em reunião da cúpula da Otan (aliança militar do Ocidente).
O americano afirmou ter conversado com o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, para oferecer condolências e a assistência do governo federal.
"Sabemos que, quando as pessoas estão armadas com armas poderosas, isso faz ataques como esses serem mais mortais e trágicos. Nos próximos dias, teremos que considerar essas realidades também."
PROVÁVEIS CANDIDATOS
Em um comunicado após o ataque em Dallas, o virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, classificou os Estados Unidos de "nação muito dividida".
"Nós devemos restaurar a lei e a ordem no nosso país" e "a confiança das pessoas em estar seguras em suas casas e nas ruas".
Trump também mencionou a morte dos dois negros americanos por policiais, que desencadearam protestos pelo país, inclusive o de Dallas.
O republicano afirmou que "as mortes trágicas e sem sentido dos dois motoristas na Louisiana e em Minnesota" são uma lembrança "do quanto ainda precisa ser feito".
E diz que "muitos americanos sentem que perderam a esperança" e que "a tensão racial piorou, não melhorou".
Pelo Twitter, a virtual candidata democrata nas eleições, Hillary Clinton, apresentou apenas condolências às vítimas do ataque em Dallas e às suas famílias.
Tanto Hillary quanto Trump cancelaram eventos de campanha nesta sexta (8) em respeito ao ataque em Dallas. A democrata adiou um ato que faria na Pensilvânia, e Trump cancelou uma fala que faria a hispânicos de Miami.
Autoridades de Cleveland afirmaram ter reforçado o esquema de segurança para a convenção nacional republicana, este mês, na cidade, que vai oficializar o candidato do partido à corrida eleitoral.