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    Venezuela reduz remessa de petróleo a Cuba devido a crise, diz Raúl Castro

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    08/07/2016 22h14

    O ditador de Cuba, Raúl Castro, disse nesta sexta-feira (8) que a crise na Venezuela reduziu a remessa de petróleo ao país, motivo pelo qual pediu economia de energia e diminuição das importações.

    Desde a chegada de Hugo Chávez (1954-2013) ao poder, Caracas fornecia petróleo com preços mais baixos que os de mercado devido a um acordo. Segundo Castro, houve uma contração na quantidade enviada neste ano.

    Stringer/AFP
    O ditador de Cuba, Raúl Castro, participa de sessão plenária do Parlamento Cubano em Havana
    O ditador de Cuba, Raúl Castro, participa de sessão plenária do Parlamento Cubano em Havana

    "Logicamente isso provocou tensões adicionais no funcionamento da economia cubana", afirmou o mandatário, sem mencionar qual seria o tamanho desta retração no fornecimento.

    A redução nos estoques de petróleo prejudicou ainda mais a balança comercial do país, já abalada pela queda do preço do produto, assim como o do níquel e do açúcar, com a redução da demanda mundial.

    Embora o ditador não tenha mencionado, isso também prejudicou a geração de energia elétrica na ilha. Nos últimos dias, servidores públicos tiveram horários reduzidos e os prédios estatais reduziram o uso do ar-condicionado.

    Houve efeito também nos cinemas e nos postos de gasolina. Para justificar o corte no petróleo, Castro disse que Nicolás Maduro é vítima de uma guerra econômica —mesmo argumento usado pelo governo chavista.

    DESACELERAÇÃO

    A redução das exportações, que caíram 20% no primeiro semestre, fez com que o crescimento do país fosse de 1% no mesmo período, metade do previsto. Diante deste cenário, o ditador pediu redução de gastos.

    "É preciso reduzir gastos de todo o tipo que não sejam imprescindíveis, fomentar uma cultura de poupança e de aproveitamento eficiente dos recursos disponíveis".

    Dentre as recomendações, está a de substituir o máximo de importações supérfluas. Porém, descartou uma crise como a dos anos 1990, com apagões e paralisia da indústria e dos transportes.

    "Não negamos que podem acontecer problemas, inclusive maiores do que os atuais, mas estamos preparados e em melhores condições do que naquela época para contorná-las", disse Castro.

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