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    Mais de 100 mil venezuelanos vão à Colômbia fazer compras básicas

    SAMY ADGHIRNI
    DE CARACAS

    18/07/2016 02h00

    Pelo segundo fim de semana consecutivo, o governo venezuelano abriu a fronteira com a Colômbia para permitir que dezenas de milhares de cidadãos cruzassem a divisa para comprar alimentos e remédios no país vizinho.

    A fronteira está fechada por ordem da Venezuela há onze meses sob a justificativa do combate ao contrabando e a grupos paramilitares.

    Segundo a Colômbia, mais de 100 mil pessoas cruzaram a fronteira desde sábado, quando os venezuelanos permitiram a passagem. O destino da travessia, ocorrida sem maiores incidentes, era a cidade colombiana de Cúcuta, cujos mercados e farmácias ficaram abarrotados.

    "Vim comprar o que não se consegue [na Venezuela]: arroz, feijão, lentilha, açúcar, papel higiênico", disse à Reuters a funcionária pública Elizabeth Pérez, 47.

    "Chegamos em grupo há alguns dias para esperar passar para a Colômbia. Estamos comendo só uma vez por dia", afirmou, ecoando o desespero que toma conta da Venezuela devido ao desabastecimento e à inflação.

    A oposição culpa políticas chavistas, como controle de preço e câmbio, e ataques constantes ao setor produtivo.

    Já o governo do presidente Nicolás Maduro se diz vítima de uma suposta "guerra econômica" travada por empresários golpistas.

    Venezuelanos que fizeram a travessia postaram nas redes sociais imagens e vídeos de agradecimento aos colombianos. "Gracias Colombia" (obrigado Colômbia) esteve entre as maiores tendências do Twitter na Venezuela.

    IRMÃO DE CHÁVEZ

    Morreu neste domingo Aníbal Chávez, um dos irmãos ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), também falecido. Aníbal foi vítima salmonela bacteriana.

    Ele tinha 59 anos e era prefeito de Sabaneta, a cidade natal de Hugo Chávez, no oeste venezuelano.

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