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    Turquia cancela licença de emissoras que estariam ligadas a golpistas

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/07/2016 11h42

    O órgão que fiscaliza emissoras na Turquia cancelou as licenças de rádios e TV que tiverem ligação com o grupo apontado pelo governo como responsável pela tentativa de golpe nesta sexta (15), informou a agência estatal de notícias Anadolu.

    Segundo a agência, o órgão o Conselho Supremo de Rádio e Televisão aprovou, por unanimidade, a revogação das permissões para "qualquer emissora de rádio ou televisão ligada ou que apoie" o grupo relacionado ao clérigo Fetullah Gulen.

    A decisão não indica, no entanto, quais veículos foram afetados, deixando espaço aberto à interpretação. A associação turca de jornalistas disse que está discutindo a norma, e ainda não pode comentá-la.

    O cerco à imprensa, antes e depois desta sexta (15), tem sido condenado por grupos dentro e fora da Turquia.

    EXPURGO

    Quatro dias após a tentativa de golpe, o governo de Recep Tayyip Erdogan continua o expurgo de milhares de funcionários, iniciado no sábado (16).

    Nesta terça (19), também segundo a agência Anadolu, o Ministério da Educação afastou 15.200 funcionários por alegado envolvimento com o grupo responsável pelo levante de sexta.

    A nova rodada de expurgos se estendeu a mais centenas de pessoas, na divisão sob o primeiro-ministro do país, em um órgão religioso e outro de inteligência. A limpa continuou também entre os militares, com a detenção de generais e almirantes pelo suposto envolvimento no movimento.

    O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, negou a existência de um "espírito de vingança" contra os golpistas.

    "Uma coisa assim é absolutamente inaceitável no Estado de direito", disse ele.

    REAÇÃO

    Um representante da ONU (Nações Unidas) para assuntos de direitos humanos manifestou choque com o afastamento em massa de centenas de juízes, na sequência da tentativa de golpe na sexta.

    Zeid Ra'ad al-Hussein também afirmou que a possibilidade da volta da pena de morte ao país, mencionada nesta segunda (18) por Erdogan, seria "um grande passo na direção errada" e violaria as responsabilidades da Turquia sob as normas internacionais.

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