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    Atentado do EI na Síria deixa mais de 40 mortos e dezenas de feridos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    27/07/2016 07h47

    A explosão de um caminhão-bomba reivindicada pelo Estado Islâmico deixou quase 50 mortos e dezenas de feridos na cidade síria de Qamishli, no nordeste do país, nesta quarta-feira, matando ao menos dezenas pessoas e ferindo outras 170, de acordo com a TV estatal e um grupo de monitoramento da violência.

    O Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado na Grã-Bretanha, disse que a explosão foi a pior na cidade nos últimos anos. Mais de 40 pessoas morreram.

    Rodi Said/Reuters
    A woman mourns dead relatives at a damaged site after two bomb blasts claimed by Islamic State hit the northeastern Syrian city of Qamishli near the Turkish border, Syria July 27, 2016. REUTERS/Rodi Said TPX IMAGES OF THE DAY ORG XMIT: gggSYR07
    Mulher chora a perda de parentes após explosões em Qamishli, cidade de maioria curda na Síria

    Segundo o grupo monitor, a explosão ocorreu em um área próxima ao quartel-general das forças de segurança curdas que controlam a maior parte da província de Hasaka, onde fica Qamishli.

    Em um comunicado, a facção extremista disse que o ataque foi lançado por um suicida com um caminhão repleto de explosivos em resposta aos ataques contra a cidade de Manbij, um reduto do EI na província de Aleppo.

    A agência Amaq, um órgão de propaganda vinculado ao EI, informou que o alvo do ataque era um edifício do Estado-Maior das forças curdas em Qamishli.

    Trata-se do pior atentado e do mais mortífero já sofrido nesta cidade desde o início do conflito, em março de 2011.

    Ao menos 44 pessoas morreram e 140 ficaram feridas no ataque contra edifícios da administração autônoma curda nesta cidade síria, segundo o último balanço dos meios de comunicação oficiais.

    A televisão nacional síria informou sobre um "atentado terrorista" que, segundo a agência oficial Sana, deixou "44 mortos e 140 feridos, vários deles em estado grave".

    Em um balanço anterior, a televisão indicou ao menos 31 mortos e 170 feridos e explicou que as operações de resgate prosseguem.

    Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) anunciou ao menos 14 mortos e várias dezenas de feridos.

    As imagens do atentado mostram uma zona devastada, repleta de escombros, e vários edifícios danificados.

    MAIOR ATENTADO

    Segundo um jornalista da AFP que cita uma fonte das forças de segurança curdas (Assayech), "trata-se do maior atentado cometido na cidade" de Qamishli, que deixou danos consideráveis e corpos entre os escombros.

    Na zona do atentado eram observadas cenas chocantes, com os feridos correndo em busca de ajuda em meio à fumaça provocada pelos vários focos de incêndio.

    Um homem corria coberto de sangue com uma criança, suja de sangue e poeira, nos braços.

    Mais adiante uma mulher chorava e gritava junto a duas crianças emudecidas, em estado de choque.

    Segundo a mesma fonte, um suicida que estava em um grande caminhão detonou seus explosivos perto de um posto de controle próximo a uma zona com vários edifícios da administração autônoma, instalados pelos curdos nos territórios que controlam no noroeste da Síria.

    Um dos imóveis abriga o organismo curdo de defesa.

    A fonte também falou de hospitais lotados devido ao grande número de vítimas.

    CONFRONTOS

    A televisão nacional síria indicou que o governador da província de Hassake, onde se localiza Qamishli, fez um apelo à população para que doe sangue às vítimas nos hospitais públicos e privados.

    Os primeiros relatos informavam sobre dois atentados, mas segundo fontes em Qamishli e do OSDH a explosão do caminhão provocou uma segunda deflagração de um depósito de gás.

    A maior parte da província de Hassake está controlada pelas forças curdas que estabeleceram uma "administração autônoma", enquanto as forças governamentais sírias controlam o aeroporto e alguns bairros de Qamishli.

    O resto da província está nas mãos das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), a principal força militar curda, que em março anunciaram a criação de uma zona autônoma no nordeste da Síria.

    Os combatentes curdos estão na linha de frente do combate ao grupo Estado Islâmico (EI) e conquistaram vitórias no norte e no leste da Síria, que levaram os terroristas a responder com ataques suicidas.

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