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    Argentina prende dois suspeitos de fazer ameaças terroristas contra Macri

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    30/07/2016 18h42

    A polícia da Argentina prendeu neste sábado (30) dois suspeitos de criar um perfil de um falso terrorista nas redes sociais para ameaçar colocar bombas na Casa Rosada e matar o presidente Mauricio Macri.

    Criada na quinta (28), a conta HassanAbuJaaf tem ameaças escritas em árabe. Nela, os supostos terroristas dizem ter chegado a Buenos Aires "como enviados de Alá" para fazer atentados.

    Presidencia Argentina/AFP
    O presidente da Argentina, Mauricio Macri, participa da abertura da feira da Sociedade Rural
    O presidente da Argentina, Mauricio Macri, participa da abertura da feira da Sociedade Rural

    Além da sede do governo argentino, aparecem como alvos o metrô portenho e o shopping Abasto, que fica no bairro que concentra a maior parte da comunidade judaica da cidade.

    Em uma das fotos, colocam uma imagem de bananas de dinamite preparadas e a frase: "Nos vemos logo, Mauricio Macri". A primeira mensagem foi publicada na noite de quinta e a última, na noite de sexta.

    Os jovens de 21 anos foram presos durante a madrugada em uma casa no bairro portenho de Villa Ortúzar. Com eles, foram apreendidos computadores, telefones e outros aparelhos eletrônicos.

    "A princípio são dois garotos entediados que queriam provocar algum tipo de caos. Temos que ver o que os motivou a ameaçar", disse o chefe da divisão de crimes cibernéticos da polícia, Carlos Rojas.

    A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, disse que esta não era uma ameaça real e que os argentinos podem ficar tranquilos, mas que o caso não ficará impune. "Qualquer ação intimidatória e ameaçadora não é brincadeira."

    FALHAS

    Apesar das ameaças, o perfil tinha detalhes que evidenciavam a farsa. As duas fotos usadas no perfil argentino são de forças rebeldes contrárias ao regime do ditador Bashar al-Assad e à milícia terrorista Estado Islâmico.

    A mãe de um dos presos, Nora Donda, criticou a polícia pelas prisões e alega que os agentes destruíram a casa onde estava seu filho. No entanto, reconheceu que a brincadeira dos jovens foi além da conta.

    "Essas mensagens foram um disparate, uma irresponsabilidade de dois idiotas que não tinham nada para fazer. Meu filho é um menino normal, que estuda, têm amigos e sai de noite", disse Donda.

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