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    Acusado de crimes de guerra na Bósnia é preso no interior de SP

    AGUIRRE TALENTO
    MACHADO DA COSTA
    DE BRASÍLIA
    DIEGO ZERBATO
    DE SÃO PAULO

    30/07/2016 21h11 - Atualizado às 22h44

    Reprodução
    O bósnio Nikola Ceranic foi preso pela Polícia Militar de São Paulo em Indaiatuba (a 98 km da capital)
    O bósnio Nikola Ceranic foi preso pela Polícia Militar de São Paulo em Indaiatuba (a 98 km da capital)

    Foi preso neste sábado (30) em Indaiatuba (a 98 km de São Paulo) o bósnio Nikola Ceranic, 47, acusado de crimes de guerra no conflito que levou à separação da Bósnia da antiga Iugoslávia.

    Foragido desde 1992, tinha mandado de prisão internacional e estava na lista de procurados da Interpol. Segundo o órgão, ele é processado na Bósnia pela morte de civis bósnios durante a guerra, na década de 1990.

    A prisão foi feita em uma operação conjunta entre o Ministério Público Federal, o Ministério Público de São Paulo e as polícias civil e militar de São Paulo e a Polícia Federal (PF), além das autoridades da Bósnia.

    O secretário-executivo do Grupo de Atuação Especial contra Organizações Criminosas (Gaeco) da Polícia Civil, Amauri Silveira Filho, afirmou que o bósnio foi capturado em uma casa na cidade em que estava com a família.

    O imóvel, afirma Silveira Filho, era monitorado há duas semanas pelo Gaeco. Ceranic não resistiu à prisão e foi levado inicialmente para a delegacia da Polícia Federal em Campinas antes de ser transferido para São Paulo.

    Ele ficará na superintendência da PF na capital até que o STF (Supremo Tribunal Federal) ordene a extradição. Os ministérios da Justiça e das Relações Exteriores repassarão os dados sobre a prisão à Justiça da Bósnia.

    A captura acontece pouco mais de um mês após as autoridades bósnias pedirem a extradição de Ceranic. Em 24 de junho, o Ministério da Justiça apresentou ao STF o pedido de prisão preventiva do cidadão bósnio.

    A prisão foi decretada no dia 22 pelo ministro Ricardo Lewandowski após o Gaeco encontrar o foragido em Indaiatuba. A extradição depende de decisão final do tribunal. A relatora do caso é a ministra Carmen Lúcia.

    No processo de extradição, deverão se pronunciar a defesa do bósnio e a Procuradoria-Geral da República. Ainda não há data prevista para o julgamento no STF.

    Colaborou SIDNEY GONÇALVES DO CARMO, de São Paulo.

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