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    Hillary diz que hackers russos roubaram informações de seu partido

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    31/07/2016 11h54 - Atualizado às 23h23

    A candidata democrata à Presidência dos EUA, Hillary Clinton, acusou serviços de espionagem russos de invadirem computadores do Comitê Nacional do partido Democrata (DNC, na sigla em inglês) e disse que seu rival, o republicano Donald Trump, apoia o presidente russo, Vladimir Putin.

    "Sabemos que serviços de inteligência russos hackearam o DNC, sabemos que eles fizeram com que muitos e-mails fossem divulgados e sabemos que Trump tem mostrado uma grande vontade de apoiar Putin", afirmou Hillary em entrevista exibida neste domingo (31) pela rede de TV Fox News.

    Robyn Beck - 28.jul.2016/AFP
    Democratic presidential nominee Hillary Clinton addresses delegates on the fourth and final night of the Democratic National Convention at Wells Fargo Center on July 28, 2016 in Philadelphia, Pennsylvania. / AFP PHOTO / Robyn BECK
    Hillary Clinton discursa durante convenção democrata que confirmou sua candidatura à Presidência

    Esta foi a declaração mais incisiva de Hillary desde o primeiro vazamento de mensagens de políticos democratas. No domingo passado (24), a então presidente do partido, Debbie Wasserman Schultz, renunciou depois de o WikiLeaks divulgar 19.252 e-mails trocados por ela e mais seis dirigentes.

    Algumas das mensagens davam a entender que a máquina do partido estava sendo usada contra o rival de Hillary nas primárias, Bernie Sanders.

    O comitê democrata já havia acusado agências de espionagem da Rússia de estar por trás da invasão para prejudicar Hillary e impulsionar a campanha de Trump, que já elogiou Putin e foi elogiado por ele. Até este domingo, porém, Hillary não havia se manifestado de forma tão direta.

    Na semana passada, Trump pediu que a Rússia ajudasse a encontrar dezenas de milhares de e-mails que desapareceram do servidor privado usado por Hillary enquanto ela era secretária de Estado do governo Obama.

    "Rússia, se você estiver ouvindo, espero que você consiga encontrar os 30 mil e-mails que estão faltando", disse. "Acho que você vai ser muito bem recompensada pela nossa imprensa."

    O republicano foi criticado por estimular um governo estrangeiro a espionar americanos e disse depois que estava apenas sendo "sarcástico" ao fazer o pedido. Depois, afirmou ser "ridícula" a suspeita de envolvimento russo. Até o momento nem Trump nem o governo da Rússia comentaram a declaração de Hillary.

    A polêmica aumentou na última sexta (29), quando comitê democrata disse ter sido alvo de outro ciberataque. No sábado (30), a agência russa de espionagem (FSB, herdeira da KGB soviética) disse ter detectado uma tentativa de invasão de hackers nos sistemas de 20 órgãos do país.

    A Casa Branca não acusou publicamente a Rússia de estar por trás dos vazamentos. Mas especialistas em segurança virtual disseram acreditar no envolvimento russo.

    Na entrevista à Fox, Hillary foi questionada sobre um possível desejo de Putin de que Trump a vencesse na disputa à Casa Branca. Ela afirmou que não faria essa conclusão, "mas esses fatos levantam sérias questões sobre a Rússia tentar interferir em nossa eleição".

    Em entrevista à rede ABC neste domingo (31), Trump disse que, com ele presidente, Putin não entraria na Ucrânia. Confrontado pelo entrevistador com o fato de que a Rússia anexou a Crimeia há dois anos, respondeu: "Ok, bem, ele está [na Ucrânia] em um certo ponto."

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