Milhares de pessoas participaram neste domingo (31) em Colônia, no oeste da Alemanha, de um ato a favor do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e contra a tentativa de golpe de 15 de julho.
A polícia afirma que 10 mil pessoas compareceram ao protesto, que ocorreu às margens do rio Reno. Já os ativistas estimaram o número de participantes em 50 mil.
Vincent Kessler/Reuters | ||
Manifestante favorável ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, participa do ato em Colônia |
Os manifestantes chegaram ao local com bandeiras turcas, fotos de Erdogan e cartazes contra golpe frustrado e o líder religioso Fetullah Gülen, apontado pelo líder como o principal articulador de sua derrubada.
No final do evento, eles cantaram os hinos turco e alemão. A organização, porém, foi proibida pelas autoridades alemãs de exibir uma mensagem ao vivo do presidente turco a seus seguidores.
A prefeitura de Colônia havia aprovado o protesto desde que não fossem exibidas mensagens de políticos turcos ou de porta-vozes no telão ou em solo. A Justiça alemã ratificou a decisão após um recurso dos organizadores do ato.
O porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalin, criticou a decisão, dizendo que "estava curioso para saber qual foi a razão" por trás da proibição, e pediu "explicações satisfatórias" às autoridades alemãs.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que "não há espaço no país para trazer tensões políticas domésticas da Turquia e intimidar pessoas com outras convicções políticas".
A comunidade turca é um dos maiores grupos de imigrantes da Alemanha. Além dos atos pró-Erdogan, pequenos grupos se manifestaram contra ele em outros bairros de Colônia.